Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 13 de Março de 2017 às 15:42

Empresas suspendem dissídio dos rodoviários

Rodoviários ainda não planejam paralisações

Rodoviários ainda não planejam paralisações


JC
As empresas de transporte coletivo de Porto Alegre anunciaram ontem que não pagarão o reajuste acordado no dissídio dos rodoviários diante da indefinição sobre a data de aumento da tarifa de ônibus. Isso significa que está suspensa, por tempo indeterminado, a reposição de 5,5% nos salários e o aumento para R$ 25,00 no
As empresas de transporte coletivo de Porto Alegre anunciaram ontem que não pagarão o reajuste acordado no dissídio dos rodoviários diante da indefinição sobre a data de aumento da tarifa de ônibus. Isso significa que está suspensa, por tempo indeterminado, a reposição de 5,5% nos salários e o aumento para R$ 25,00 no
vale-alimentação.
Após o pedido de revisão tarifária, protocolado pelas empresas há 13 dias, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) deveria fazer o cálculo da passagem e encaminhá-lo para análise do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), que teria sete dias para avaliação. Entretanto, conforme o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Gustavo Simionovschi, não há previsão de quando o órgão gestor fará o encaminhamento, o que só agrava a situação financeira das empresas de ônibus, que dependem do reajuste para dar continuidade ao serviço.
Os rodoviários, principais afetados pela decisão de suspender o reajuste, ainda não planejam paralisações, uma vez que algumas empresas já efetuaram pagamentos obedecendo ao novo valor acordado. "Começou hoje (ontem) essa polêmica, mas o reajuste do salário do trabalhador faz parte do cálculo da tarifa e, por enquanto, não há nada decidido. Ainda não passou pelo Comtu, não passou pelo prefeito, nada. Está atrasado, e, por enquanto, estamos esperando para ver como isso vai se desenrolar", explicou Adair da Silva, presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Simionovschi lembra ainda que a data-base dos rodoviários é 1 de fevereiro e que, portanto, a atualização dos valores do contrato seria retroativa, fato que não ocorre com a tarifa de ônibus. "Quanto maior a demora no reajuste tarifário, maior o déficit. Já acumulamos mais de R$ 100 milhões em prejuízo desde o ano passado, quando iniciou a nova operação do serviço. As empresas não têm mais como cumprir suas obrigações financeiras sem a contrapartida da tarifa", explica.
A demora no andamento do processo se dá devido ao pedido do Ministério Público de Contas para que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) faça uma análise dos itens apresentados para a fixação da tarifa. O diagnóstico deveria ter sido concluído na quinta-feira. No entanto, no mesmo dia, o órgão solicitou ampliação do prazo e também que fosse aberta uma inspeção especial sobre o tema.
Ontem, o presidente do TCE, Marco Peixoto, determinou a abertura da inspeção, abrangendo os exercícios de 2014 a 2017 para verificar os critérios para o reajuste da tarifa. Agora, não há prazo para que o tribunal apresente os resultados do procedimento. Procurada pela reportagem, a EPTC afirmou que, por enquanto, não irá se manifestar sobre o assunto.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO