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- Publicada em 07 de Março de 2017 às 10:29

Mulheres seguem trabalhando mais que homens no Brasil

Mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana no Brasil

Mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana no Brasil


JONATHAN HECKLER/JC
Apesar de mudanças significativas nos últimos anos, as mulheres ainda trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana no Brasil. No ano passado, a jornada média de trabalho das mulheres era de 53,6 horas semanais, somando atividades profissionais e afazeres domésticos, enquanto a masculina ficava em torno das 46,1 horas. Os dados constam do estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento faz um comparativo entre dados que vão de 1995 a 2015, retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de mudanças significativas nos últimos anos, as mulheres ainda trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana no Brasil. No ano passado, a jornada média de trabalho das mulheres era de 53,6 horas semanais, somando atividades profissionais e afazeres domésticos, enquanto a masculina ficava em torno das 46,1 horas. Os dados constam do estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento faz um comparativo entre dados que vão de 1995 a 2015, retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, mais de 90% das mulheres brasileiras realizam atividades domésticas, contra 50% dos homens - percentuais que quase não sofreram alteração nos últimos 20 anos. Por outro lado, cada vez mais mulheres assumem a posição de chefes de família no Brasil. Enquanto apenas 23% dos domicílios tinham mulheres como referência em 1995, o número quase dobrou em 2015, chegando aos 40%. Dessas, 34% contam com a presença de um cônjuge - ou seja, a posição crescente de destaque feminino nos arranjos familiares brasileiros não está atrelada à ausência de um homem que ocupe essa posição.
A maior parte das residências chefiadas por mulheres localiza-se na área urbana (43%). Domicílios onde reside apenas uma pessoa e casais sem filhos também aumentaram nos últimos anos, o que indica uma reconfiguração da lógica familiar no Brasil.
O estudo do Ipea aponta que as mulheres negras foram as que tiveram maior valorização salarial nos últimos 20 anos (80%) e mostra que os homens brancos são os que tiveram menor crescimento médio nos vencimentos, em um índice que não ultrapassa os 11%. Porém, os números não mudaram a escala de remuneração durante o período: os homens brancos seguem sendo os que recebem salários mais altos no País, seguidos por mulheres brancas, homens negros e mulheres negras.
O cruzamento entre elementos étnicos e de gênero também influencia na taxa de desocupação. Em 2015, um percentual de 11,6% de mulheres estava sem emprego, contra 7,8% dos homens. Números que aumentam para 8,5%, quando se trata de homens negros, e para 13,3%, no caso das mulheres negras.
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