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Novo Ensino Médio

- Publicada em 03 de Março de 2017 às 15:46

Doze escolas gaúchas terão turno integral já em 2017

Hilda Diehl é a responsável pela implantação do sistema no Estado

Hilda Diehl é a responsável pela implantação do sistema no Estado


JC
O Ministério da Educação (MEC) publicou recentemente a relação das escolas brasileiras que ofertarão o Ensino Médio em turno integral a partir deste ano. No Rio Grande do Sul, são 12 escolas de seis municípios - Alvorada, Canoas, Porto Alegre, Viamão, Montenegro e Canela. O Jornal do Comércio conversou com a coordenadora da equipe que responde pelo Estado junto ao Ministério da Educação, Hilda Diehl, para entender como funcionará a implantação do turno integral no Ensino Médio gaúcho.
O Ministério da Educação (MEC) publicou recentemente a relação das escolas brasileiras que ofertarão o Ensino Médio em turno integral a partir deste ano. No Rio Grande do Sul, são 12 escolas de seis municípios - Alvorada, Canoas, Porto Alegre, Viamão, Montenegro e Canela. O Jornal do Comércio conversou com a coordenadora da equipe que responde pelo Estado junto ao Ministério da Educação, Hilda Diehl, para entender como funcionará a implantação do turno integral no Ensino Médio gaúcho.
Jornal do Comércio - Como vai funcionar o processo de adaptação das escolas estaduais?
Hilda Diehl - Vamos iniciar gradativamente para alunos do 1º ano do Ensino Médio. Começaremos em julho e o primeiro semestre vai servir para organizar as escolas. Inclusive, em algumas, faremos reformas estruturais, para adequar vestiários e refeitórios. Inicialmente, o ensino integral será ofertado a 2.363 alunos do primeiro ano do Ensino Médio em 12 escolas estaduais. Existe uma matriz curricular, estabelecida pela Portaria nº 1.145/2016 do Ministério da Educação, que exige um mínimo 2.250 minutos semanais: 300 para Língua Portuguesa, 300 para Matemática e 500 para a parte flexível, que deverá integrar a proposta curricular. Mas o mais importante do programa é que ele é todo pautado na elaboração de um projeto de vida para o aluno. Em parceria com a assessoria técnica do Instituto de Corresponsabilidade Educacional (ICE), que atuou também na implantação em outros estados, utilizaremos o modelo da "escola da escolha". Ainda não sabemos se vamos manter o nome, mas o jovem vai escolher o projeto de vida que quer seguir. Entendemos que se ele não tiver um, não evoluirá dentro da escola. Assim, ele se torna um protagonista e trabalhará os quatro pilares da educação: aprender a fazer, a conhecer, a ser e a conviver.
JC - Será necessário capacitar e contratar mais professores?
Hilda - Vamos capacitar, mas não será necessário contratar mais. Pelo menos, imaginamos que não, mas ainda estamos verificando a demanda de professores. Se precisarmos, vamos demandar. Obviamente, precisaremos de mais profissionais, mas podemos realocar sem contratar mais. Alguns professores, já inseridos naquela escola, pedem para que a carga horária seja aumentada, junto com o salário, e essa é uma das soluções que pensamos. Mesmo nesse momento de crise pelo qual o Estado passa, com o parcelamento de salários, acho importante, como educadora, continuarmos nosso trabalho. Estamos nos debruçando em uma proposta pedagógica que vai mudar completamente a educação no País. É nisso que acreditamos.
JC - A ideia é que os alunos escolham o que querem fazer já no primeiro ano?
Hilda - Na verdade, não diria que escolherão nesse momento, mas serão direcionados para poderem ter um projeto de vida. Não acho que estarão prontos no primeiro ano, mas esperamos que estejam no terceiro. E também não é só um guia para a profissão que consta no cerne desse programa, é também um trabalho para a vida. É disso que estamos precisando e por algum lugar, temos de começar. Vamos trabalhar com valores de cooperação, de solidariedade, de respeito, de ética. Temos essa visão e uma meta dentro do planejamento, que é tornar, em dez anos, a rede estadual de Ensino Médio referência em cidadania e qualidade de educação.
JC - Como foi o processo de elaboração do projeto?
Hilda - O projeto foi elaborado pela Seduc (Secretaria Estadual de Educação) com o auxílio do ICE. Eles também têm parceiros com know-how em indicadores, que nos mostram como atingir metas, como medir a evolução do aluno. Queremos, depois dessa experiência do segundo semestre de 2016, poder chamar de piloto, ampliar o número de alunos. No momento, já incluímos os alunos dos novos primeiros anos, e vamos ampliando, até que toda a escola fique em tempo integral. Para essa primeira etapa, temos garantido de R$ 4,726 milhões. Tínhamos um teto de no máximo 30 escolas, mas achamos por bem começarmos com 12 para fazer tudo direitinho. Por enquanto, o MEC já alocou recursos para os quatro primeiros anos da etapa. Se pudermos ampliar o número de escolas, com certeza vamos querer.

Escolas que oferecerão ensino integral a partir do 2º semestre de 2017

Alvorada
Escola Estadual de Ensino Médio Senador Salgado Filho
Canoas
Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes de Vasconcelos Jardim
Colégio Estadual Tereza Francescutti
Instituto Estadual de Educação Dr Carlos Chagas
Escola Estadual de Ensino Médio Professora Margot Terezinha Noal Giacomazzi
Porto Alegre
Escola Estadual de Ensino Médio Visconde do Rio Branco
Escola Estadual de Ensino Médio Alberto Torres
Escola Estadual de Ensino Médio Itália
Colégio Estadual Piratini
Viamão
Escola Estadual de Ensino Médio Setembrina
Canela
Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco (Ciep)
Montenegro
Escola Estadual A. J. Renner