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Negócios

- Publicada em 10 de Março de 2017 às 14:34

Rodadas juntam fabricantes e compradores estrangeiros

Leuck está entusiasmado em vender o Conecto para franceses, que será  primeira exportação da empresa

Leuck está entusiasmado em vender o Conecto para franceses, que será primeira exportação da empresa


MARCO QUINTANA/JC
Um dos segmentos que crescem na Expodireto é a sala de relações internacionais e rodadas de negócios para firmar acordos, de preferência para abir mercados a produtos e soluções locais. Na edição de 2017, as rodadas geraram R$ 40 milhões em negócios internacionais. As empresas se inscrevem nas versões do Projeto Comprador Internacional e Nacional, desenvolvido por Sebrae e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e podem interagir com investidores, importadores e até empresas estrangeiras que buscam fornecimento de peças e componentes. Na sessão internacional, foram 10 importadores de África, Ásia e Europa que vieram conhecer as fábricas de máquinas e implementos gaúchos.
Um dos segmentos que crescem na Expodireto é a sala de relações internacionais e rodadas de negócios para firmar acordos, de preferência para abir mercados a produtos e soluções locais. Na edição de 2017, as rodadas geraram R$ 40 milhões em negócios internacionais. As empresas se inscrevem nas versões do Projeto Comprador Internacional e Nacional, desenvolvido por Sebrae e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e podem interagir com investidores, importadores e até empresas estrangeiras que buscam fornecimento de peças e componentes. Na sessão internacional, foram 10 importadores de África, Ásia e Europa que vieram conhecer as fábricas de máquinas e implementos gaúchos.
"A gente identifica a demanda de fora e verifica o que temos a oferecer. A meta é fazer esse encontro", diz Jakson da Luz, gestor de acesso a mercados do Sebrae-RS, destacando que o pós-projeto é que determinará o êxito de internacionalização. Dos participantes, 95% são micro e pequenas empresas que não exportam ainda. Os compradores de países mais desenvolvidos olham muito máquinas e peças de reposição e até inovações. Já os menos industrializados demandam de tudo, avisa o gestor do Sebrae-RS.
Há ainda interesse por projetos de energia renovável, como produção a partir de biomassa, segmento que tem merecido atenção de desenvolvedores no Brasil e especialmente no Rio Grande do Sul. O ritmo das rodadas é acelerado. "São 20 minutos de conversa da empresa com cada convidado para abrir a relação", diz Luz. Como em 2016 não teve o projeto Comprador Internacional, a expectativa é grande em relação ao impacto das agendas deste ano.
Que o diga Estêvão Leuck, diretor da Leuck Inteligência Hidropneumática (IHP), que tem sede em Porto Alegre. Ele se reuniu com compradores de França e Austrália, e aposta que a rodada de contatos abrirá a porta para estrear no mercado externo. Foi a primeira vez que se inseriu no Projeto Comprador. O interesse recaiu sobre um adaptador hidráulico, que é uma inovação no mercado global. É o Conecto, uma rosca - que ele compara a um lego - que substitui conexões hidráulicas. "O interesse foi grande, por ser um produto novo, e estamos em vias de possível exportação", anima-se Leuck.
Sobre a alta produtividade de patentes, o empreendedor diz que se inspira em problemas de clientes e atua com uma empresa de engenharia criativa, que materializa e acelera a transformação em produtos para o mercado. A trajetória da empresa chamou a atenção dos estrangeiros. Em quatro anos, a Leuck fez quatro depósitos de patentes, uma por ano. Ele avisa que a feira é o melhor lugar para se aproximar do setor, que é a bola de vez, pois, em meio à crise econômica, o setor de máquinas agrícolas já registra reaquecimento. "Temos mais três inovações em linha, e um dos focos é América Latina." Para Leuck, o setor está ávido por tecnologia.

Espanhol quer investir em produção de azeite e vinho gaúchos

Rebollo diz que deve conseguir investidor e fornecedor para produção de oliveiras e vinhos

Rebollo diz que deve conseguir investidor e fornecedor para produção de oliveiras e vinhos


MARCO QUINTANA/JC
Nas rodas de atração de investidores, o espanhol Inigo Rebollo, consultor da empresa Integração 4E, acertou repasse de tecnologia e possibilidade de investimento em cultivo e produção de oliveiras e na produção de azeite. Da região de Aragão, Nordeste da Espanha, Rebollo atua ainda em energia renovável, com venda de projetos e painéis fotovoltaicos. Rebollo destaca que os europeus têm muito interesse na América Latina. "É o futuro dos europeus, mas aqui é muita burocracia", alertou.
O espanhol diz que teve de abandonar investimento no Nordeste em venda de projetos de energia fotovoltaica devido à burocracia. Pela sétima vez na Expodireto, ele mostrou ânimo com os potenciais locais. Um dos interesses é a produção de azeite. Oriundo de um país que tem produção farta na área, Rebollo elogiou a qualidade do produto gaúcho. O interesse de empreendedores da área que falaram com o espanhol é em trazer maquinário para mecanizar a colheita, além de melhorar o conhecimento sobre a cultura e a produção. O consultor foi apresentado ao Programa Estadual de Desenvolvimento da Olivicultura (Pró-Oliva), que busca impulsionar o cultivo.
Além de azeite, também vinhos entraram no radar. "O Rio Grande do Sul sempre está de braços abertos. Vamos ver se depois não fecham os braços", atenta Rebollo. Na Europa, fala-se que há muita dificuldade de fazer negócios no Brasil, preveniu. “Não é crítica, falo para que possam melhorar.”
 

Contato com players de máquinas é foco de pequenos

Peliçoli espera conseguir fornecer peças diretamente a grandes montadoras

Peliçoli espera conseguir fornecer peças diretamente a grandes montadoras


MARCO QUINTANA/JC
Na etapa do Projeto Comprador Nacional, micro e pequenos empreendedores estão de olho no canal a ser aberto com quem toma as decisões dentro de grandes fabricantes. O gerente comercial da CBC Oxicorte, que tem sede em Porto Alegre, Marcos Peliçoli, conseguiu interagir com executivos de players como Stara e Brunning Tecnometal. Peliçoli disse que os dois contatos mostraram interesse em conhecer mais os produtos. A CBC já fornece itens que acabam sendo usados pelas montadoras, mas eles chegam de forma indireta.
Um fornecedor principal compra da empresa em Porto Alegre. "Tem grande chance de conseguir fornecer diretamente", entusiasma-se Peliçoli. Para uma empresa pequena, como a CBC, é uma oportunidade para mudar de patamar. A unidade existe desde 2000, tem 35 empregados e registra, no começo de 2017, uma retomada. "Dezembro já tinha sido o melhor ano de 2016, mesmo com férias coletivas. Fevereiro foi o melhor em dois anos", contrasta o empreendedor, que já fala em retomar contratações.