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Economia

- Publicada em 30 de Março de 2017 às 18:46

Negociações coletivas têm pior resultado em 20 anos

Setor de serviços foi o que menos repôs as perdas salariais acumuladas

Setor de serviços foi o que menos repôs as perdas salariais acumuladas


JONATHAN HECKLER/JC
O resultado da negociação coletiva de 2016 foi um dos mais desfavoráveis para os trabalhadores brasileiros nos últimos 20 anos, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Dieese. A proporção de reajustes acima da inflação (19%) igualou à proporção mais baixa da série, registrada em 2003; e a frequência de reajustes abaixo da inflação atingiu o patamar de 37%, o que há muito tempo não se observava. O resultado só não foi pior devido à alta proporção de reajustes (44%) iguais à inflação, a maior em toda a série dos balanços anuais de reajustes.
O resultado da negociação coletiva de 2016 foi um dos mais desfavoráveis para os trabalhadores brasileiros nos últimos 20 anos, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Dieese. A proporção de reajustes acima da inflação (19%) igualou à proporção mais baixa da série, registrada em 2003; e a frequência de reajustes abaixo da inflação atingiu o patamar de 37%, o que há muito tempo não se observava. O resultado só não foi pior devido à alta proporção de reajustes (44%) iguais à inflação, a maior em toda a série dos balanços anuais de reajustes.
Foram analisados os reajustes de 714 unidades de negociação da indústria, do comércio e dos serviços do setor privado e de empresas estatais em quase todo o território nacional. Os serviços são o setor que registrou a maior proporção de reajustes salariais abaixo da inflação em 2016: quase a metade (49%) não repôs as perdas salariais acumuladas desde a última data-base. Cerca de 21% das negociações do setor conseguiram aumento real - acima da proporção geral, portanto. Os demais 30% tiveram reajustes iguais à inflação.
A indústria e o comércio tiveram resultados semelhantes com reajuste igual à inflação (53% e 50%, respectivamente) e abaixo (31% e 29%, respectivamente).
Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste predominaram os reajustes salariais abaixo da inflação (41% e 48% do total de negociações cada região). Em seguida, observam-se os reajustes iguais à inflação, que variaram entre 37% e 39% do total em cada uma delas, e os reajustes acima, variando entre 15% e 21%.
Na região Sul, os reajustes iguais à inflação foram verificados em 65% das negociações analisadas. O percentual de reajustes acima da inflação foi semelhante ao das demais regiões (19%); e o de reajustes abaixo da inflação, muito abaixo da média geral (16,5%).
A variação real média registrada em 2016 foi negativa (-0,52%), o que não ocorria desde 2003. Segundo o Dieese, os resultados dos reajustes salariais refletem o desempenho da economia nos últimos dois anos. O balanço dos reajustes de 2015 já havia mostrado mudança brusca nos patamares em relação aos 10 anos anteriores. Nesse intervalo, os reajustes acima da inflação eram predominantes, oscilando quase sempre acima de 86%. Em 2015, a proporção de reajustes abaixo da inflação aumentou significativamente, assim como os iguais à inflação; e pouco mais da metade das negociações obtiveram aumentos acima da inflação.
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