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Economia

- Publicada em 30 de Março de 2017 às 17:57

UE vai auditar sistema de controle da carne do País

Frigoríficos interditados poderão ser reabertos em duas a três semanas

Frigoríficos interditados poderão ser reabertos em duas a três semanas


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
O Ministério da Agricultura informou nesta quinta-feira que a União Europeia (UE) decidiu fazer auditorias no sistema de fiscalização e controle da carne do Brasil. A decisão foi discutida entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Rangel, e o diretor da DG Santé, órgão de controle sanitário da UE, Koen Van Dyck, em reunião que durou cerca de uma hora e meia no período da manhã e contou a presença de técnicos do Brasil e UE.
O Ministério da Agricultura informou nesta quinta-feira que a União Europeia (UE) decidiu fazer auditorias no sistema de fiscalização e controle da carne do Brasil. A decisão foi discutida entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Rangel, e o diretor da DG Santé, órgão de controle sanitário da UE, Koen Van Dyck, em reunião que durou cerca de uma hora e meia no período da manhã e contou a presença de técnicos do Brasil e UE.
Em nota, a pasta informou que as auditorias, que serão feitas por técnicos do bloco econômico, "servirão para reafirmar a solidez e a segurança do nosso sistema fiscalização e controle". As datas das auditorias ainda serão fixadas.
O ministério ainda informou que os esclarecimentos feitos pelo governo brasileiro em relação à Operação Carne Fraca da Polícia Federal foram bem recebidos pelos representantes europeus. "Ficou claro que os problemas dizem respeito a falhas de conduta de servidores do ministério e que o controle sanitário e a qualidade dos produtos produzidos no Brasil estão mantidos", cita a nota.
Ficou acertado na reunião que o Ministério da Agricultura encaminhará à União Europeia documento detalhado com todos os esclarecimentos solicitados. Na ocasião, os técnicos da UE também apresentaram uma agenda comercial, que inclui a visita de técnicos brasileiros a empresas que desejam exportar para o Brasil.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta quinta-feira que "não será fácil" superar os problemas na cadeia produtiva da carne, que sofreu forte impacto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. "Parou todo o sistema. Até recolocar, fazer com que as coisas voltem a acontecer, é natural (a demora)."
Ele fez esse comentário ao ser questionado sobre a decisão da JBS de dar férias coletivas em 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos do País e também pelo acúmulo de 300 mil perus para abater em granjas de Mineiros (GO), onde foi interditado um frigorífico da BRF que processa aves.
"Vamos ter problemas, sim", admitiu. "Não é porque o mercado (externo) reabriu que volta tudo ao normal no dia seguinte", lamentou. É por isso, explicou o ministro, que o governo anunciou na quarta uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para socorrer os produtores. Se, por exemplo, os granjeiros de Mineiros perderem os perus, "o prejuízo é gigante", reconheceu. E esses produtores precisam de apoio financeiro para retomar suas atividades.
O ministro previu que os frigoríficos interditados poderão ser reabertos em duas a três semanas. A Agricultura aguarda os laudos técnicos para certificar-se que não há mais problemas. "Não tem nenhuma ação para retardar", afirmou. "O que queremos é a normalidade do mercado."
O secretário executivo do ministério, Eumar Novacki, disse que a área técnica está levantando dados sobre eventuais impactos da Operação Carne Fraca no mercado interno.
 
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