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Fraude

- Publicada em 29 de Março de 2017 às 19:49

JBS decide conceder férias coletivas em 10 unidades

A JBS, maior processadora de carnes do mundo, informou nesta quarta-feira que concederá férias coletivas de 20 dias, a partir da próxima segunda-feira, em 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos no Brasil - uma em São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará. As férias coletivas podem se estender por mais 10 dias.
A JBS, maior processadora de carnes do mundo, informou nesta quarta-feira que concederá férias coletivas de 20 dias, a partir da próxima segunda-feira, em 10 de suas 36 unidades de abate de bovinos no Brasil - uma em São Paulo, três em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, quatro em Mato Grosso e uma no Pará. As férias coletivas podem se estender por mais 10 dias.
Segundo a empresa, a medida é necessária em virtude das suspensões temporárias impostas à carne brasileira por alguns dos principais países importadores, assim como pela retração nas vendas de carne bovina no mercado interno nos últimos dias.
A companhia afirmou, em nota, que é imprescindível ajustar os volumes de produção para normalizar os níveis de estoques de produtos destinados ao mercado interno, assim como reescalonar a programação de embarques de produtos para os clientes do mercado externo que ficaram represados durante esse período, de forma a não sobrecarregar os sistemas de recebimento e estocagem.
Na terça-feira, a empresa afirmou que havia retomado os abates, após suspender por três dias a produção de carne bovina em 33 das 36 unidades e que reavaliava a retomada da capacidade produtiva, após o fim dos bloqueios temporários de importadores, como China, Chile, Egito e Hong Kong.
Atualmente, as unidades operam com redução de 35% na sua capacidade de produção. A JBS tem uma capacidade diária de abate de bovinos no Brasil estimada em cerca de 35 mil cabeças de gado, o equivalente a mais de 40% da produção brasileira.
As ações da empresa são reflexos direto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada em 17 de março e que acabou resultando na redução da demanda por proteína animal, principalmente pelo bloqueio das exportações.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) divulgou comunicado em que manifesta preocupação com o anúncio de férias coletivas nas unidades de abates de bovinos da JBS. A CNTA afirmou que, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado realizada nesta terça-feira, sobre os impactos da Carne Fraca, apresentou uma proposta de criação de um compromisso público-privado pela manutenção dos empregos no setor, com pelo menos seis meses de duração. "O governo deve intervir junto aos frigoríficos, principalmente, aqueles ligados à JBS, que foram financiados com verba pública e, inclusive, contam com participação acionária do Bndes", disse o sindicato em nota.
Maior processadora de carnes do mundo possui 36 unidades de abate de bovinos no Brasil

Brasil ficou em posição muito difícil e complicada, diz ministro Blairo Maggi

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reafirmou durante cerimônia de assinatura do novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que o setor exportador de carne bovina brasileira ficou "muito ameaçado" e em "posição muito difícil e complicada" após a Operação Carne Fraca. Maggi lembrou que, logo após a ação ser deflagrada, o presidente Michel Temer (PMDB) avaliou que a "situação era de emergência e que o fechamento de mercados seria danoso". Para o ministro, apesar de a preocupação inicial ser salvar o mercado externo, o mercado interno não foi deixado de lado. Maggi reafirmou ainda que, apesar de a reabertura de mercados ser uma ação política dos países compradores, a reconquista (econômica) desses mercados será outra luta.

UE estuda medidas mais rigorosas para importação de carne do Brasil

O comissário da União Europeia para Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, disse que a União Europeia (UE) estuda medidas mais rigorosas para a importação da carne brasileira após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Segundo Andriukaitis, a União Europeia solicitou esclarecimentos ao Ministério da Agricultura e deve receber respostas até amanhã. Em seguida, planeja enviar uma auditoria ao Brasil.
"A decisão de introduzir medidas mais rigorosas está em estudo. Estamos fortalecendo as verificações documentais e físicas. E sugerimos aos países-membros que verifiquem cada produto que entrar em seus territórios", disse.
O comissário afirmou ainda que o escândalo relevado na Operação Carne Fraca mostra a importância de restaurar a "confiança" e "previsibilidade dos sistemas de controle". Ele defendeu a adoção de um sistema de controle "oficial e independente", com respostas imediatas diante de situações de crise.
Mais cedo, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, também comentou a possibilidade de a União Europeia adotar novas medidas em relação à carne brasileira.
"A Europa tem determinadas regras nessa questão de alimentos. O momento em que estamos vivendo é um momento em que eles virão com novas propostas e novas regras. Precisamos entender o que estão nos propondo", afirmou, após participar de um evento em Brasília sobre resistência a antibióticos.