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Consumo

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 17:55

Vendas de Páscoa no Rio Grande do Sul devem cair 2,5%

Tradicionais ovos devem ser substituídos por produtos de menor valor

Tradicionais ovos devem ser substituídos por produtos de menor valor


JONATHAN HECKLER/JC
A conjuntura econômica brasileira em processo de recuperação mais uma vez vai impactar em uma das mais importantes datas comerciais do varejo. Avaliação econômica realizada pela Fecomércio-RS estima que, neste ano, o recuo nas vendas de Páscoa será de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A conjuntura econômica brasileira em processo de recuperação mais uma vez vai impactar em uma das mais importantes datas comerciais do varejo. Avaliação econômica realizada pela Fecomércio-RS estima que, neste ano, o recuo nas vendas de Páscoa será de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A previsão se baseia em dados já consolidados pelo mercado, entre eles, o fraco o desempenho do varejo em 2016, que fechou em queda de 5,4%. Também decorre da última pesquisa que mediu a intenção de consumo do consumidor gaúcho. O levantamento aponta que o indicador persiste em patamar pessimista - com baixa de 9,8% em relação ao mesmo período de 2016.
De acordo com o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, o cenário indica que mais uma vez as vendas deverão se direcionar para produtos de menor valor, com famílias buscando a diversificação em detrimento ao tradicional ovo de chocolate. Bombons, barras de chocolate e outros produtos com preços mais acessíveis devem ser os preferidos dos gaúchos. "Essa será uma forma de contornar o quadro de aumento de preços e restrições de renda", afirma Bohn.
A avaliação de Páscoa 2017 da Fecomércio-RS indica ainda que, assim como em anos anteriores, a indústria do chocolate aposta na associação do chocolate com brinquedo e outros brindes para aumentar o apelo comercial na data.
 

Quatro em cada 10 brasileiros com o nome sujo culpam o desemprego, mostra SPC e CNDL

Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com consumidores negativados, ou que estiveram nesta situação nos últimos 12 meses, investigou quais são as dívidas em atraso e o que essas pessoas estão fazendo para negociar a dívida e recuperar o crédito.
Os dados mostram que 4 em cada 10 inadimplentes e ex-inadimplentes (38%) tiveram o nome sujo devido ao desemprego. Outros motivos citados foram diminuição de renda (31%), empréstimo de nome para terceiros (17%) e salário atrasado não pago (10%). O valor médio da dívida de quem está ou esteve com o nome sujo é de R$ 2.918,09, sendo maior entre os homens (R$ 3.536,22) e entre as pessoas das classes A e B
(R$ 3.857,42).
Os entrevistados têm ou tinham, em média, contas em atraso com 2,2 empresas, sendo que 1,9 fizeram registro do nome em listas de inadimplência, a negativação ocorreu em 86% dos casos. Além disso, 27% dos consumidores devem a três ou mais empresas diferentes e 64% ainda estão com nome sujo, sobretudo entre as classes C, D e E (68%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a atual conjuntura econômica faz com que a dificuldade de honrar com todos os compromissos financeiros seja maior. "O cenário de crise resulta em um grande número de desempregados, e os brasileiros em geral estão com menor poder de compra devido à inflação e às altas taxas de juros."
Entre os que quitaram ou pretendem quitar a dívida, a principal estratégia é recorrer a acordos com os credores (34%), cortes no orçamento (22%) e gerar renda extra por meio de bicos (18%). Os gastos mais citados quando se fala em cortes foram idas a bares ou restaurantes (36%), compras de peças de vestuário ou calçados (34%) e lazer (34%, principalmente entre aqueles com mais de 55 anos, 54%). No entanto, 19% das pessoas não estão economizando para saldar as dívidas. Entre os que possuem mais de uma conta em atraso, a prioridade é quitar conta de cartão de crédito, loja ou crediário para usar o crédito novamente (24%). Foram citadas como prioridade também as contas de menor valor (23%), contas com taxa de juros mais altos (19%) e com o valor final mais alto (18%).

Intenção de consumo das famílias sobe 1,4% em março ante fevereiro

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), índice apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 78,2 pontos em março, alta de 1,4% na comparação cm fevereiro e avanço de 0,9% em relação a março de 2016. A CNC destacou, porém, que a ICF segue abaixo da "zona de indiferença", ou seja, abaixo dos 100 pontos.
Os dados mais positivos vieram da percepção sobre o mercado de trabalho. Os dois componentes da ICF ligados ao emprego registraram pontuação acima da zona de indiferença.
O indicador de Emprego Atual atingiu 108,3 pontos, altas de 1,8% em relação ao mês anterior e de 2,5% na comparação com março de 2016. Já a Perspectiva Profissional atingiu 103 pontos, aumento de 1,1% ante fevereiro, mas esse indicador se manteve estável em relação a março de 2016.
O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,5%. Por outro lado, o subitem Nível de Consumo Atual registrou a menor pontuação mensal (51,1 pontos), queda de 2,4% ante fevereiro, e recuo de 4,1% na comparação com março de 2016. A maior parte das famílias, 60,8%, declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado. Já o componente Compra a Prazo teve aumento de 2,5% na comparação mensal e queda de 5,2%, em relação a março de 2016, informou a CNC.
Para a entidade, os consumidores estão mais preocupados em quitar suas dívidas do que em consumir. "Mesmo com os cortes na taxa básica de juros e a liberação de saques em contas inativas do FGTS, o maior volume de dinheiro em circulação deverá ser usado, primeiramente, na quitação de dívidas e redução do endividamento. Em seguida, ele seguirá para o consumo", diz Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, na nota divulgada ontem.