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Indústria

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 17:38

Confiança do industrial é a maior em seis anos

Segundo Müller, fraqueza da demanda doméstica limita a recuperação

Segundo Müller, fraqueza da demanda doméstica limita a recuperação


CLAITON DORNELLES/JC
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), começa a detectar uma nova perspectiva em relação à economia brasileira e às empresas. Após a terceira alta consecutiva, de 3,3 pontos, passando de 55,1 em fevereiro para 58,4, alcançou o maior nível para março desde 2011 (59,4 pontos). "As expectativas mais otimistas nos mostram que há uma percepção de retomada da indústria gaúcha nos próximos meses, influenciada pela leve melhora no cenário econômico brasileiro, com a queda de juros e da inflação", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), começa a detectar uma nova perspectiva em relação à economia brasileira e às empresas. Após a terceira alta consecutiva, de 3,3 pontos, passando de 55,1 em fevereiro para 58,4, alcançou o maior nível para março desde 2011 (59,4 pontos). "As expectativas mais otimistas nos mostram que há uma percepção de retomada da indústria gaúcha nos próximos meses, influenciada pela leve melhora no cenário econômico brasileiro, com a queda de juros e da inflação", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Já o Índice de Condições Atuais passou de 48,8 para 52,3 pontos em março. Acima dos 50 pontos, significa percepção de recuperação no ambiente dos negócios, o que não ocorria desde fevereiro de 2013 (51,1 pontos). O componente que avalia a economia brasileira saiu da zona de piora pela primeira vez em seis anos, ao marcar 50,3 pontos, três acima de fevereiro, embora não indique melhora, pois se encontra muito próximo dos 50. O índice que trata das Condições Atuais das Empresas, ao saltar de 49,7 para 53,6 pontos no período, voltou a refletir evolução após 39 meses. "As condições atuais, se ainda não indicam uma recuperação em curso do setor, sugerem uma estabilização, já observada na indústria gaúcha. A fraqueza da demanda doméstica, porém, segue como principal limitador à recuperação", afirma o presidente da Fiergs.
Para os próximos seis meses, o Índice de Expectativas evidenciou um maior otimismo entre os empresários consultados, ao avançar de 58,2 para 61,5 pontos no período, algo que não se via desde fevereiro de 2013 (61,6 pontos). As perspectivas dos industriais gaúchos melhoraram tanto para a economia brasileira quanto para as próprias empresas. No primeiro caso, cresceu de 52,5 para 56 pontos e, no segundo, de 61,2 para 64,1 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2013 (64,2).
Apenas para a economia do Rio Grande do Sul os empresários gaúchos têm uma avaliação um pouco diferente: o Índice de Condições Atuais (45,3 pontos) ainda denota piora, e o de Expectativas (50,3) deixou a faixa pessimista, mas ainda não projeta melhora.
 

Pesquisa da CNI indica produção industrial fraca e ociosidade alta

Apesar de uma leve melhora na virada de dezembro para janeiro, a indústria brasileira ainda segue com dificuldades. A pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem, mostra que, em fevereiro, o índice de evolução da produção no setor atingiu 44,4 pontos, com alta de apenas 0,2 ponto em relação a janeiro, quando havia ficado em 44,2 pontos, ante 40,7 pontos em dezembro.
Números abaixo de 50 indicam retração na produção. A utilização da capacidade instalada em fevereiro se manteve em 63%, indicando que o nível de ociosidade das indústrias continua elevado.
O índice de evolução do emprego na indústria também segue em queda, embora menos intensa do que a registrada em 2016. O indicador do número de empregados ficou em 45,9 pontos no mês passado frente a 42,8 pontos em fevereiro de 2016.
Os empresários estão confiantes diante da demanda, exportações e compra de matérias-primas. Esses índices estão acima da linha divisória dos 50 pontos da pesquisa, que foi realizada de 2 a 14 de março com 2.437 empresas.

Venda de aço plano em fevereiro foi a pior da série histórica, diz instituto

Volume elevado de estoque do produto preocupa siderúrgicas

Volume elevado de estoque do produto preocupa siderúrgicas


MARCOS NAGELSTEIN/arquivo/JC
As vendas de aço plano em fevereiro de 2017 pela rede de distribuição, de 215,5 mil toneladas, marcaram a pior performance da série histórica do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Esse volume representou queda de 9,8% em relação a janeiro e recuo de 11,3% ante o mesmo mês de 2016.
"Os distribuidores estão com dificuldade de repassar os aumentos de preços, e está havendo no mercado uma queda de braço", disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro.
No primeiro bimestre do ano, a queda de vendas chega a 6,2%, para 454,4 mil toneladas. Para o ano, a entidade projeta alta de 5% das vendas em relação ao observado em 2016.
Os estoques em fevereiro também registraram o pior volume para um mês de fevereiro. "Nunca o estoque foi tão alto, e isso está nos preocupando", disse Loureiro.
As compras da rede de distribuição caíram 1,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, para 222,2 mil toneladas. Em relação a janeiro, a retração foi de 11,1%.
O prêmio da bobina a quente, que é a diferença entre o aço importado em relação ao nacional, está hoje entre 15% e 16%, considerando uma taxa de câmbio em R$ 3,10. Já na bobina a frio o prêmio chega a 25%, disse Loureiro.
As importações fecharam fevereiro com alta de 144,3% na relação anual para 59,4 mil toneladas. Ante janeiro, contudo, houve queda de 52,4%. As importações se concentraram em zincados.
Segundo Loureiro, a expectativa é que uma combinação de real valorizado e aumento de preços no Brasil provoque um aumento das importações de aço plano neste ano pelo Brasil.