O Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) lançou ontem o Fronteirômetro, que dimensiona o fluxo de comércio internacional pelos portos, aeroportos e fronteiras secas do País. "O objetivo é dar mais visibilidade à enormidade que representam as transações nas fronteiras, para, por trás disso, dizer que é importante que o País assuma como prioridade nacional a questão do controle dessas regiões", disse o presidente do Sindireceita, Geraldo Seixas.
A partir de dados oficiais, a ferramenta projeta o volume de cargas, pessoas e veículos que entram e saem do País no exato momento em que a consulta é feita. Por dia, os portos brasileiros movimentam mais de 1,9 milhão de toneladas em mercadorias importadas e exportadas. Nos aeroportos, embarcam e desembarcam mais de 58 mil passageiros nos mais de 400 voos internacionais diários, além de milhares de veículos e pessoas que passam por mais de 16,8 mil quilômetros de fronteira terrestre com 10 países.
Segundo Seixas, desde o início dos anos 2000, os analistas da área aduaneira chamam a atenção para o aumento de produtos piratas e contrabandeados que passam pela fronteira. A corrente de comércio do Brasil cresceu mais de 70% nos últimos 10 anos e ultrapassou, em 2016, o valor de US$ 322 bilhões.
O controle do fluxo comercial é feito por diversos órgãos, mas cabe à Receita Federal as principais ações de fiscalização do comércio exterior, de repressão ao contrabando, ao descaminho, à falsificação e pirataria, ao tráfico de drogas e à lavagem e ocultação de bens.