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Economia

Fraude

- Publicada em 20 de Março de 2017 às 13:33

ABPA critica PF por 'massificar mensagem negativa' do setor na Operação Carne Fraca

O vice-presidente e diretor Técnico da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas, comentou, nesta segunda-feira (20), que "não há mais dúvida de que houve equívoco ao se massificar a mensagem negativa" desencadeada pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, sobre o setor de proteína animal. Em entrevista coletiva na sede da entidade, em São Paulo, Vargas salientou que o governo está tomando medidas "muito fortes" para preservar o segmento. ABPA e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) divulgaram posição conjunta. 
O vice-presidente e diretor Técnico da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas, comentou, nesta segunda-feira (20), que "não há mais dúvida de que houve equívoco ao se massificar a mensagem negativa" desencadeada pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, sobre o setor de proteína animal. Em entrevista coletiva na sede da entidade, em São Paulo, Vargas salientou que o governo está tomando medidas "muito fortes" para preservar o segmento. ABPA e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) divulgaram posição conjunta. 
Segundo Vargas, seis plantas foram notificadas pelo Ministério da Agricultura a interromper a produção de carnes. Dessas, uma produz mel e outra está desativada. Das quatro restantes, que tiveram a capacidade de exportação suspensa, duas embarcam para a União Europeia (UE). Segundo ele, porém, não há, por enquanto, qualquer informação oficial de embargo total ao produto brasileiro.
Vargas comentou também que a proteína brasileira é de qualidade. "Temos tranquilidade, sob o ponto de vista sanitário, que tem qualidade a carne oferecida ao consumidor e aos países que a compram. Todos os países que ofertam esse produto perecível estão sujeitos a riscos que podem ocorrer", concluiu.
O vice-presidente e diretor de Mercados da ABPA, Ricardo Santin, afirmou que "não há notificação oficial de fechamentos de mercados" à carne brasileira, após a crise desencadeada pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. "Por enquanto há aumento de vigilância", disse.
Como exemplo, ele citou a China. O país optou por suspender as inspeções de entradas da carne brasileira por uma semana, enquanto espera esclarecimentos. No caso da Coreia do Sul, as análises do produto comprado devem abranger agora uma amostra de 15% de toda a carne enviada pelo Brasil. Antes, o porcentual era de apenas 1%, explicou.
O Brasil é líder global em exportação de carne de frango, bovina e suína, com vendas aos Estados Unidos, Japão e União Europeia. “As associações representativas da indústria de proteína seguirão firmes na defesa de um setor em que o Brasil é exemplo global. As carnes são fonte de proteína segura. As entidades garantem a confiabilidade perante o consumidor”, afirmaram em comunicado ABPA e Abiec.
Dados do Ministério da Agricultura apontam que, até 2020, a produção nacional de carne bovina deve suprir 44,5% da demanda mundial, enquanto a de frango, 48,1%, e a suína, 14,2%. “Nenhum outro setor nacional tem números como esses”, ressalta o comunicado.
Para os dirigentes, foram necessárias décadas para que o Brasil construísse sua reputação internacional como grande produtor e exportador de carne de frango, bovina e suína.
“A abertura de mercados foi lenta, país a país, uma conquista de todos os brasileiros. Hoje, as empresas brasileiras detêm as melhores certificações internacionais de excelência”, disse Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec. “Eventuais restrições à importação de carne brasileira, além de representarem um retrocesso de muitos anos, impactarão a economia e resultarão em perda de empregos e renda. O setor de proteínas de frango, bovina e suína emprega mais de 7 milhões de pessoas e representa 15% das exportações brasileiras”, adicionou Francisco Turra, presidente da ABPA.
Com informações da Agência Estado.