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Economia

- Publicada em 12 de Março de 2017 às 18:49

Bndes barra US$ 4 bilhões de obras da Odebrecht em andamento no exterior

Os três países que, na última década, mais receberam dinheiro do Bndes - Angola, República Dominicana e Venezuela - terão dificuldades para retomar os financiamentos já contratados para obras que estão sendo feitas pela Odebrecht. Dos US$ 7 bilhões em contratos suspensos pelo banco, cerca de US$ 4 bilhões eram referentes a empreitadas da construtora. O banco está obrigando que os países e a empreiteira assinem um "termo de compliance", em que afirmam que não há vício nos negócios entre eles.
Os três países que, na última década, mais receberam dinheiro do Bndes - Angola, República Dominicana e Venezuela - terão dificuldades para retomar os financiamentos já contratados para obras que estão sendo feitas pela Odebrecht. Dos US$ 7 bilhões em contratos suspensos pelo banco, cerca de US$ 4 bilhões eram referentes a empreitadas da construtora. O banco está obrigando que os países e a empreiteira assinem um "termo de compliance", em que afirmam que não há vício nos negócios entre eles.
Mas os indícios de irregularidades estão ficando mais evidentes na atual conjuntura. A delação da Odebrecht nas questões internacionais deverá permanecer em sigilo, mas, na semana passada, o ex-executivo da empresa ligado ao departamento da propina Hilberto Mascarenhas disse, em depoimento à Justiça Eleitoral, que a empresa pagou o marqueteiro João Santana para atuar em campanhas presidenciais de cinco países, entre eles, justamente os três maiores credores do Bndes.
Esses países representam 85% dos financiamentos de obras da Odebrecht que foram suspensos, ou US$ 3,3 bilhões. Se ficar comprovado que houve ato de corrupção nos contratos, o "termo de compliance" tem um custo proibitivo para os envolvidos. Além do pagamento de multa, tanto os países quanto a Odebrecht terão de quitar imediatamente toda e qualquer dívida que tenham com o banco. O próprio Departamento de Justiça americano, no acordo anticorrupção firmado com a construtora, já apontou haver corrupção em contratos externos.
O diretor de exportação do Bndes, Ricardo Ramos, diz que, além do termo de compliance, o banco também vai verificar cada um dos 25 contratos suspensos para checar o grau de andamento do empreendimento, os outros financiamentos envolvidos no empreendimento, o risco do país e o próprio risco de a empreiteira finalizar ou não a obra. Somente da Odebrecht são 15 contratos.
Em um financiamento à exportação de serviços, o país contratante da obra passa a ser o devedor do banco. Normalmente, as condições de financiamento são subsidiadas dentro de uma política de exportação do país para incentivar que as empresas consigam contratos no exterior. Esse tipo de política é muito usado por países como Estados Unidos, França, Alemanha e China, entre outros.
 
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