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Economia

- Publicada em 09 de Março de 2017 às 17:44

Gaúcha Bella Gula mira mercado norte-americano

Bernardo Thomaz - diretor da Bella Gula1

Bernardo Thomaz - diretor da Bella Gula1


JONY PARTOS/MOCA STUDIO/DIVULGAÇÃO/JC
Samuel Lima
A rede gaúcha de confeitarias Bella Gula decidiu apostar no paladar norte-americano para seus doces, tortas e cafés. A empresa, que investe no modelo de franquias desde 1999, acaba de contratar a consultoria Boston Innovation Gateway (BIG) para desvendar o mercado dos Estados Unidos e lançar sua primeira loja internacional até março de 2018.
A rede gaúcha de confeitarias Bella Gula decidiu apostar no paladar norte-americano para seus doces, tortas e cafés. A empresa, que investe no modelo de franquias desde 1999, acaba de contratar a consultoria Boston Innovation Gateway (BIG) para desvendar o mercado dos Estados Unidos e lançar sua primeira loja internacional até março de 2018.
De acordo com o diretor da Bella Gula, Bernardo Thomaz, o plano guarda relação com a crise econômica no Brasil. A "rota normal", segundo o empresário, seria expandir para outras regiões do País, mais precisamente o Nordeste, onde observa crescimento no franchising. Mas a redução do poder de compra do brasileiro e do consumo das famílias o fez repensar o investimento. "Enquanto aqui está ladeira abaixo, lá está ladeira acima", afirma ele. "Seria o mesmo esforço (levar para o Nordeste ou para os Estados Unidos)."
A internacionalização é avaliada em US$ 500 mil, considerando a pesquisa de mercado - realizada por uma plataforma de inovação que reúne estudantes de universidades de Massachusetts (Hult, Brandeis e Harvard), Flórida (Tampa) e Carolina do Norte (Duke) - e o custo para abrir a primeira loja. Esse valor é dividido entre 10 investidores, que terão o direito de explorar a marca em todo os Estados Unidos. O projeto inicial prevê ainda a inauguração de outras três lojas próprias até 2020, começando então a venda de franquias.
"Não estamos abandonando o Brasil. É apenas um atalho estratégico para colocar as sementes em um país que tem mais chance, enquanto ficamos quietinhos esperando a onda ruim passar", diz Thomaz. A Bella Gula cresceu 15% em 2015, e 6% no ano passado, segundo o empresário. Em contrapartida, viu os custos de locação em shoppings da rede, por exemplo, aumentarem na ordem de 20% nos dois anos mais recentes. "Temos conseguido nos manter no limite do razoável, em termos de rentabilidade", conta. A empresa pretende abrir 10 franquias no Brasil em 2017. Atualmente, são 31 lojas em quatro estados e no Distrito Federal.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), 138 marcas nacionais operam hoje fora do Brasil, em 61 países. Os Estados Unidos são o principal destino (49 lojas), seguido por Paraguai (29) e Portugal (26). O setor de alimentação responde por 16% do total.
Para o diretor executivo da consultoria BIG no Brasil, Manuel Mendes, o número de empresas brasileiras de médio porte buscando o mercado internacional cresce por conta da apreciação do dólar, do desaquecimento da economia brasileira e do cenário de incerteza política. "A expansão para os Estados Unidos se tornou uma solução para a busca de margens mais atrativas, redução de estoques e utilização da capacidade ociosa, entre outros benefícios indiretos, como valorização da marca, acesso a capital de baixo custo e transferência tecnológica", afirma. Outras empresas brasileiras do ramo que apostaram na ideia foram Brownieria (RJ) e I Love Milkshakes (ES).
 
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