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Economia

- Publicada em 09 de Março de 2017 às 10:50

Lucro da Embraer aos acionistas sobe 52% no quarto trimestre

Quarto trimestre de 2016 teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 648,3 milhões

Quarto trimestre de 2016 teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 648,3 milhões


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Agência Estado
A Embraer encerrou o quarto trimestre de 2016 com um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 648,3 milhões, montante 52,3% maior que o lucro de R$ 425,8 milhões apurado no mesmo período do ano passado. Já no critério ajustado, excluindo o imposto de renda e a contribuição social diferidos no período, a Embraer contabilizou lucro líquido de R$ 694,2 milhões entre outubro e dezembro de 2016, cifra mais de seis vezes superior aos R$ 113,2 milhões registrados no quarto trimestre de 2015.
A Embraer encerrou o quarto trimestre de 2016 com um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 648,3 milhões, montante 52,3% maior que o lucro de R$ 425,8 milhões apurado no mesmo período do ano passado. Já no critério ajustado, excluindo o imposto de renda e a contribuição social diferidos no período, a Embraer contabilizou lucro líquido de R$ 694,2 milhões entre outubro e dezembro de 2016, cifra mais de seis vezes superior aos R$ 113,2 milhões registrados no quarto trimestre de 2015.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 1,258 bilhão nos últimos três meses de 2016, mais que o dobro dos R$ 579,5 milhões no mesmo período de 2015. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 18,8% no quarto trimestre do ano passado, um avanço de 11,6 pontos porcentuais (p.p.) na base anual.
Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,153 bilhão, 18,9% acima dos R$ 970,1 milhões anotados no quarto trimestre de 2015. A margem Ebitda ajustada entre outubro e dezembro de 2016 foi de 17,2% ante margem de 12,1% há um ano.
O resultado operacional (Ebit) cresceu mais de três vezes entre os períodos, passando de R$ 250,6 milhões no último trimestre de 2015 para R$ 921,5 milhões no mesmo intervalo de 2016. A margem Ebit foi de 3,1% para 13,7%.
O Ebit ajustado, por sua vez, chegou a R$ 816,9 milhões entre outubro e dezembro de 2016, alta de 27,4% ante os R$ 641,2 milhões registrados há um ano. A margem Ebit ajustada no trimestre ficou em 12,2%, alta de 4,3 p.p. na base anual.
As receitas líquidas recuaram 16,2% nos últimos três meses de 2016, para R$ 6,702 bilhões.
No resultado consolidado de 2016, a Embraer registrou lucro líquido aos acionistas de R$ 585,4 milhões, mais que o dobro dos R$ 241,6 milhões vistos em 2015. Já o lucro líquido ajustado somou R$ 969,4 milhões no ano passado, um crescimento de 10,2% em um ano.
O Ebitda em 2016 foi de R$ 1,861 bilhão, uma queda de 9,6% na base anual, com margem em 8,7%, recuo de 1,4 p.p. entre os anos. O Ebitda ajustado aumentou 16,1%, chegando a R$ 2,844 bilhões, com a margem passando de 12,1% para 13,3%.
O Ebit em 2016 totalizou R$ 717,8 milhões, uma queda de 34,9% em um ano, com a margem recuando de 5,4% para 3,3%. O Ebit ajustado, por sua vez, subiu 13,84%, para R$ 1,7 bilhão. A margem Ebit ajustada ficou em 7,9%, maior que os 7,4% de 2015.
A receita líquida em 2106 atingiu R$ 21,435 bilhões, um avanço de 5,59% em um ano.
O segmento de aviação comercial da Embraer, tradicionalmente o de maior peso na composição das receitas da companhia, respondeu por 50,6% da receita líquida da fabricante de aeronaves no quarto trimestre do ano passado, com R$ 3,396 bilhões, o que corresponde a uma queda de 20,9% na comparação com igual etapa do ano anterior.
A representatividade da divisão em relação à receita líquida da companhia diminuiu na comparação com o mesmo período de 2015, quando a Aviação Comercial era responsável por 53,7% das receitas.
No quarto trimestre de 2016, a Embraer entregou 32 aeronaves comerciais, sendo 26 do tipo E175, três do modelo E190 e três E195. Entre outubro e dezembro de 2015, foram entregues 33 aeronaves comerciais, sendo 20 do tipo E175, seis E195, cinco E190 e dois E170.
No acumulado de 2016, o segmento de aviação comercial obteve R$ 12,149 bilhões de receita, um aumento de 7,1% ante o resultado de 2015. A cifra representa 56,7% das receitas obtidas no ano passado.
O segmento de Aviação Executiva, por sua vez, teve queda de 22,7% da receita entre o quarto trimestre do ano passado e o mesmo período do ano anterior, para R$ 2,222 bilhões, o que corresponde a 33,2% da receita líquida total da Embraer no período. Conforme a companhia, a queda reflete o menor número de entregas nesse trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na comparação com o último trimestre de 2015, a representatividade do segmento em relação ao total de receitas também diminuiu, uma vez que, nos últimos três meses de 2015 a divisão respondia por 36% das receitas.
Entre outubro e dezembro de 2016, a Embraer entregou 43 aeronaves executivas, sendo 25 jatos leves e 18 jatos grandes - no mesmo intervalo de 2015, foram 45 aeronaves, sendo 25 leves e 20 grandes.
Em 2016, a divisão executiva obteve R$ 5,962 bilhões de receita, uma queda de 2,1% ante 2015. O montante equivale a 27,8% do total de receitas no ano passado.
Já o segmento de Defesa & Segurança respondeu por 15,8% das receitas da Embraer no último trimestre de 2016, ante 9,7% no mesmo intervalo do ano anterior. A divisão obteve receita de R$ 1,056 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, 36,9% a mais que os R$ 771,9 milhões de igual etapa de 2015.
No ano, a divisão de Defesa obteve R$ 3,228 milhões de receita, alta de 19,8% ante 2015 - a cifra equivale a 15,1% das receitas registradas em
A Embraer divulgou uma série de estimativas para alguns de seus indicadores financeiros, incluindo previsões para as receitas totais, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), resultado operacional (Ebit), investimento total e fluxo de caixa livre.
Quanto às receitas totais, a empresa espera obter em 2017 cifras entre US$ 5,7 bilhões e US$ 6,1 bilhões. Desse montante, a Embraer espera que o segmento de Aviação Comercial responda por 56% (entre US$ 3,25 bilhões e US$ 3,4 bilhões), enquanto o setor de Aviação Executiva deve ficar com 28% (entre US$ 1,6 bilhão e US$ 1,75 bilhão).
A companhia ainda projeta que 15% da receita diga respeito à divisão de Defesa & Segurança (entre US% 800 milhões e US$ 900 milhões, e que 1% da receita seja registrada em outros negócios (cerca de US% 50 milhões).
Para o Ebitda, a empresa tem como meta atingir montantes entre US$ 770 milhões e US$ 890 milhões em 2017, com margem Ebitda entre 13,5% e 14,5%. Já para o Ebit, a estimativa da empresa fica entre US$ 450 milhões e US$ 550 milhões - a margem Ebit projetada vai de 8% a 9%.
A Embraer também informa que os investimentos totais neste ano devem chegar a US$ 650 milhões, sendo que, desse total, US$ 400 milhões serão aplicados em desenvolvimento de produtos, US$ 200 milhões em capex (gasto de capital, do termo em inglês) e outros US$ 50 milhões serão alocados em pesquisa. "A maior parte desses investimentos estará relacionada ao desenvolvimento do programa de jatos comerciais E2", diz a companhia.
Quanto ao fluxo de caixa, a Embraer tem como meta atingir um consumo máximo de US$ 150 milhões em 2017. Segundo a empresa, essa estimativa é resultado das projeções de receita, lucro operacional e investimentos, assim como outros fatores como a necessidade de capital de giro para a entrada em serviço do E190-E2 no primeiro semestre de 2018.
A Embraer divulgou também suas projeções para entrega de aeronaves em 2017. Serão entre 97 e 102 aviões no segmento de Aviação Comercial e entre 105 e 125 aeronaves no segmento de Aviação Executiva.
Em Aviação Comercial, a empresa avalia que, dado o recente nível de encomendas de aeronaves - a Embraer recebeu parte significativa oriunda do mercado regional norte-americano -, as entregas do jato E175 continuarão a representar uma maior parcela do total desse segmento em 2017.
No segmento de Aviação Executiva, a Embraer tem como meta entregar entre 70 e 80 jatos leves e entre 35 e 45 jatos grandes. A companhia se diz "cautelosamente otimista" nesse mercado, uma vez que o mercado de aeronaves usadas permanece desafiador e afetando a demanda por novos jatos executivos.
Quanto ao segmento de Defesa & Segurança, a companhia brasileira informa que o programa KC-390 avança "conforme o planejado".
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