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Indústria Automotiva

- Publicada em 07 de Março de 2017 às 17:12

Vendas de veículos sofrem queda de 7,6% em fevereiro

Indústrias produziram 200,4 mil unidades no mês passado, o quarto crescimento mensal consecutivo

Indústrias produziram 200,4 mil unidades no mês passado, o quarto crescimento mensal consecutivo


FORD/DIVULGAÇÃO/JC
Balanço divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a entidade que representa as montadoras instaladas no País, mostra que as vendas de veículos tiveram queda de 7,6% no mês passado, se comparadas a fevereiro de 2016, registrando também o pior volume em quase 11 anos. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 135,7 mil veículos foram comercializados no País, o menor número num mês desde abril de 2006, quando foram emplacadas 131,2 mil unidades.
Balanço divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a entidade que representa as montadoras instaladas no País, mostra que as vendas de veículos tiveram queda de 7,6% no mês passado, se comparadas a fevereiro de 2016, registrando também o pior volume em quase 11 anos. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 135,7 mil veículos foram comercializados no País, o menor número num mês desde abril de 2006, quando foram emplacadas 131,2 mil unidades.
Em relação a janeiro, a queda foi de 7,8%. Embora o setor tenha registrado uma melhora de movimento nas concessionárias, com crescimento na média de vendas a cada dia que as lojas abriram as portas, o calendário enxuto de fevereiro, encurtado ainda mais pelo Carnaval, impediu um resultado positivo na comparação mensal.
Ainda assim, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, classificou as vendas como "decepcionantes", abaixo do que a indústria esperava. "O mercado ainda está fraco", afirmou o executivo em entrevista à imprensa.
Por categoria, os emplacamentos de automóveis de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, caíram 6,8% na comparação com fevereiro de 2016 e 7,8% em relação a janeiro. No total, 132,6 mil carros foram comercializados no mês passado.
Já os licenciamentos de caminhões, de 2,6 mil unidades em fevereiro, caíram ainda mais, com queda de 32,2% se comparados ao mesmo período de 2016. Frente a janeiro, as vendas dos veículos pesados de carga recuaram 11,4%. O levantamento mostra ainda que as vendas de ônibus somaram 428 unidades no mês passado, um declínio de 38,9% na comparação anual. Em relação a janeiro, as vendas de coletivos caíram 15,1%.
Com 200,4 mil veículos produzidos, alta de 39% sobre igual período de 2016, as montadoras registraram em fevereiro o quarto mês seguido de crescimento da atividade na comparação anual.
Em relação a janeiro, houve alta de 14,7% na produção de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, conforme balanço divulgado pela Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos instalados no País. O desempenho leva para 375,1 mil veículos o total fabricado pelas montadoras no primeiro bimestre, uma alta de 28,1%.
Só nas fábricas de carros de passeio e comerciais leves, como picapes, a produção somou 193,7 mil unidades durante o mês passado, 41% acima de igual período de 2016. Frente a janeiro, a produção nessa categoria teve crescimento de 14,5%.
Já nas linhas de montagem de caminhões, houve leve queda de 0,1% na comparação anual, mas alta de 18,6% em relação a janeiro, num total de 5,3 mil veículos produzidos no mês passado.
O balanço da Anfavea mostra ainda que a produção de ônibus, de 1,4 mil unidades, teve queda de 10% em relação a fevereiro de 2016. No comparativo mensal, a fabricação de coletivos subiu 27%.
 

Exportação em valores avançaram 45,3%, chegando a US$ 1,18 bilhão

O faturamento das montadoras com exportações subiu 45,3% em fevereiro, na comparação com igual período de 2016, chegando a US$ 1,18 bilhão. Em relação a janeiro, houve alta de 46,1% no montante obtido pelo setor com embarques ao exterior, de acordo com levantamento da Anfavea.
O resultado leva para US$ 1,99 bilhão - alta de 46,4% no comparativo interanual - o total faturado no primeiro bimestre. Além de veículos, o balanço inclui as exportações de autopeças feitas pelas montadoras, assim como as vendas externas das fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea.
No mês passado, 66,3 mil veículos saíram do Brasil com destino a mercados do exterior, um crescimento de 82,2% na comparação anual. Em relação a janeiro, o crescimento foi de 74,7%.
No acumulado do primeiro bimestre, as montadoras exportaram 104,2 mil veículos, o que corresponde a um crescimento de 73,1%. Segundo a Anfavea, o desempenho corresponde ao maior volume de exportações num primeiro bimestre em toda a série histórica.
 

Estoques nos pátios das fábricas aumentaram de 39 para 42 dias

As montadoras terminaram o mês passado com 205,5 mil veículos em estoque, um volume suficiente para 42 dias de venda, segundo informou a Anfavea.
O nível de automóveis, utilitários leves, caminhões e ônibus encalhados nos pátios de montadoras e concessionárias subiu em relação a janeiro, quando o estoque somava 187,7 mil unidades e eram suficientes para 39 dias.
Embora os estoques das montadoras estejam novamente acima do patamar considerado saudável - que seria algo mais próximo de 30 dias -, Antonio Megale, presidente da Anfavea, destacou que a situação não preocupa, dado que o aquecimento sazonal das vendas em março deve reduzir novamente o número de automóveis parados nos pátios.

Apenas 414 vagas de trabalho foram abertas pelas empresas no período

As montadoras voltaram a contratar em fevereiro, quando 414 vagas foram abertas no setor, incluindo nessa conta as fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea. A indústria automobilística terminou o mês passado com 121,5 mil pessoas ocupadas.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, considerou que, apesar da geração de empregos, o número de vagas criadas não foi significativo. Ainda assim, ele avaliou que o desempenho indica estabilidade da ocupação no setor, após o corte de 8,8 mil postos nos últimos 12 meses.
Segundo o presidente, as montadoras ainda mantêm 10.350 trabalhadores em jornada de trabalho restrita por força de acordos de lay-off (suspensão de contratos de trabalho) ou adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE).
De acordo com a Anfavea, 8.681 trabalhadores estão no PSE, ferramenta na qual a jornada de trabalho é reduzida, assim como os salários. Outros 1.669 estão em regime de lay-off, no qual os operários ficam afastados das fábricas por até cinco meses - ou por mais tempo se o acordo for renovado.