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Economia

- Publicada em 07 de Março de 2017 às 22:16

Empresários esperavam mais do início deste ano

Colombari diz que ainda há a necessidade de controle de gastos

Colombari diz que ainda há a necessidade de controle de gastos


EVANDRO OLIVEIRA/JC
Carolina Hickmann
Apesar de as perspectivas em relação aos dois primeiros meses não terem atingido a retomada esperada por empresários e executivos gaúchos, segue a expectativa de recuperação dos negócios entre o segundo semestre e o próximo ano. "Percebemos que a recuperação vai acontecer, talvez mais lenta do que esperávamos", afirma um dos sócios da PwC, Maurício Colombari, que acredita que o crescimento do PIB em 2017 deva ficar abaixo de 1%. Na avaliação do executivo, o fundamental é que as condições para a retomada em 2018 sejam criadas em 2017.
Apesar de as perspectivas em relação aos dois primeiros meses não terem atingido a retomada esperada por empresários e executivos gaúchos, segue a expectativa de recuperação dos negócios entre o segundo semestre e o próximo ano. "Percebemos que a recuperação vai acontecer, talvez mais lenta do que esperávamos", afirma um dos sócios da PwC, Maurício Colombari, que acredita que o crescimento do PIB em 2017 deva ficar abaixo de 1%. Na avaliação do executivo, o fundamental é que as condições para a retomada em 2018 sejam criadas em 2017.
Colombari avalia que o ano passado foi um período no qual os empresários precisaram se adequar ao cenário econômico atípico. Neste ano, diz o executivo, ainda haverá necessidade de controle de gastos, mas também de preparação para a retomada da demanda. "As empresas que não deixaram de inovar serão as que terão mais condições de se recuperar rapidamente", acredita. "Se houver um nível de investimento mínimo, as empresas estarão preparadas para produzir quando a demanda voltar", argumenta.
O segmento de bens de consumo não duráveis, de acordo com Colombari, não tiveram queda tão acentuada. Já os bens duráveis tiveram um decréscimo expressivo e devem ter as vendas retomadas com força. "O segmento automobilístico teve queda de 50% nos últimos dois anos, isso cria uma demanda reprimida", aponta o sócio da PwC. Nesses setores (de bem duráveis), consequentemente, haverá um pico de consumo conforme a economia se estabiliza.
A projeção de Colombari ainda não foi sentida por parte do varejo. "O ano não iniciou tão bom quanto imaginávamos. Sabemos das dificuldades do País, imaginávamos um ano difícil, mas estes primeiros meses estão aquém de nossa expectativa", comenta o gerente executivo da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Francisco Schmidt. "O País vai andando meio de lado, precisamos desenrolar esses ranços de legislação trabalhista", afirma. Para Schmidt, no momento em que houver uma definição sobre essa legislação, o empresário vai começar a investir.
Para Schmidt, a partir dessa mudança, será retomado o consumo, e novos postos de trabalho serão criados. "O dinheiro não some, ele fica retido", observa. Colombardi já percebe queda no ritmo de fechamento de vagas. "Claro que não é a notícia que gostaríamos, mas é algo positivo", comenta. Para ele, esse movimento se dará de maneira mais acentuada a partir do segundo semestre de 2017 e em 2018.
Colombari alerta que o problema seria criar a expectativa de uma retomada rápida, e até mesmo a abertura de postos de trabalho deve ser recuperada gradualmente. Schmidt lembra que alguns empresários confiam que a economia terá uma guinada apenas após a saída do presidente Michel Temer (PMDB) de seu cargo.
O presidente da Marpa, Valdomiro Gomes, faz uma avaliação diferente. "Os empresários estão mais empolgados, e o governo está ajudando as atividades produtivas", avalia. No ano passado, a Marpa criou um novo braço, na área tributária, para driblar a crise. Na avaliação de Gomes, a demanda por esse tipo de serviço está em expansão, que auxiliou a empresa durante o ano atípico.
A visão do gerente de marketing da Tintas Renner, Rodrigo Silveira, está em maior sintonia com o outro representante de bens vendidos no varejo. "O ano de 2017 começou tão duro quanto 2016", comenta. Mesmo assim, existe sinalização de retomada, graças a uma estratégia de comunicação bem construída junto aos stakeholders, de acordo com Silveira.
O setor de consórcios da Randon, a Racon, projeta um 2017 acima de 2016. Isso porque os dois primeiros meses deste ano, para a empresa, já foram acima da média do ano passado, de acordo com o gerente executivo de consórcios, Augusto Letti. "Em geral, os consórcios tiveram uma queda de 5% em contas de crédito vendido no ano passado, mas a Racon teve crescimento líquido de 17%", comenta o executivo sobre os bons números do ano anterior. O diretor de controladoria da Randon confia que o segundo semestre de 2017 trará novos ventos para a economia e, consequentemente, para a indústria - segmento do qual o grupo faz parte.
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