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Conjuntura

- Publicada em 01 de Março de 2017 às 18:00

Previsão do IPCA cai para 4,36% neste ano

Os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem, mostra que a mediana para o IPCA - o indicador oficial de inflação - em 2017 foi de 4,43% para 4,36%. Há um mês, estava em 4,70%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,50%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem, mostra que a mediana para o IPCA - o indicador oficial de inflação - em 2017 foi de 4,43% para 4,36%. Há um mês, estava em 4,70%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,50%, mesmo patamar de quatro semanas atrás.
Na prática, as projeções de mercado indicam que a expectativa é que a inflação se aproxime do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos (inflação de 3% a 6,0%). No comunicado que se seguiu à decisão de política monetária da semana passada, o Banco Central (BC) atualizou apenas as projeções de inflação para o cenário de mercado - que utilizam câmbio e Selic variáveis. A projeção para 2017 foi de 4,4% para 4,2%, e a de 2018 permaneceu em torno de 4,5%. Não houve atualização do cenário de referência, que utiliza Selic e câmbio fixos.
Em sua decisão, o BC reduziu a Selic de 13% para 12,25% ao ano, mas deixou a porta aberta, na avaliação dos analistas, para a intensificação dos cortes nos próximos encontros de política monetária. Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 4,10% para 4,05% no Focus. Para 2018, a estimativa foi de 4,30% para 4,24%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,45% e 4,50%, respectivamente.
O Relatório de Mercado Focus mostrou mudança nas projeções para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 foi de alta de 5,64% para avanço de 5,61%. Para 2018, a mediana saltou de 4,60% para 4,65%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,55% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,80% em 2018.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a atividade em 2017. Pelo Relatório de Mercado Focus, a mediana das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano seguiu em alta de 0,48%. Há um mês, a perspectiva era de avanço de 0,50%. Para 2018, o mercado alterou a previsão de alta, de 2,30% para 2,37%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,20%.

Valorização do real é perigosa para a economia, diz banco

Crédit Agricole fez o alerta

Crédit Agricole fez o alerta


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
A economia brasileira ainda está muito frágil para sustentar uma valorização tão grande do real, destacou a equipe de estrategistas do Crédit Agricole. Para o banco francês, investidores estrangeiros estão ignorando o risco político no Brasil, e a avaliação é que o fortalecimento da divisa brasileira é "absurdo e perigoso".
O pior momento do real em relação ao dólar foi em setembro de 2015, quando a moeda norte-americana bateu em R$ 4,21 em meio à crise política no ainda governo de Dilma Rousseff. Neste mês, a divisa dos EUA bateu em R$ 3,05 no último dia 23 e, para os economistas do Crédit, o real pode se valorizar ainda mais no curto prazo. Dois fatores explicam a tendência de valorização do real, de acordo com o relatório do Crédit Agricole. O primeiro é que a taxa de juros no Brasil segue entre as maiores do mundo, o que estimula o chamado "carry trade", quando um investidor toma recursos em uma economia de juro baixo para aplicar em outra de taxa elevada. O segundo fator é a aposta de que o governo do presidente Michel Temer vai conseguir avançar com o ajuste fiscal e empreender outras reformas econômicas, fazendo o País voltar a crescer em ritmo mais forte. Para os estrategistas do Crédit, um dos problemas é que os investidores estão ignorando os persistentes riscos políticos no País, mesmo que Temer esteja usando de todos os meios possíveis para se "fortalecer".