Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 19 de Março de 2017 às 20:54

CCCC pretende investir em porto e ferrovia no Brasil

 Brasil, Guaraí, TO. 23/03/2010. Vista do trecho Colinas-Guaraí da Ferrovia Norte-Sul no dia em que seria realizada a cerimônia de sua inauguração, junto com o Pátio Multimodal de Guaraí (TO). O evento, que acabou sendo cancelado devido ao mau tempo, contaria com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então pré-candidata pelo PT à Presidência. - Crédito:ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:80546

Brasil, Guaraí, TO. 23/03/2010. Vista do trecho Colinas-Guaraí da Ferrovia Norte-Sul no dia em que seria realizada a cerimônia de sua inauguração, junto com o Pátio Multimodal de Guaraí (TO). O evento, que acabou sendo cancelado devido ao mau tempo, contaria com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então pré-candidata pelo PT à Presidência. - Crédito:ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:80546


ED FERREIRA/AE/JC
Pouco conhecida no Brasil, a gigante China Communications Construction Company, chamada de CCCC, tem planos ambiciosos para o mercado brasileiro. Entrou de maneira modesta no fim do ano passado, com a compra de 80% da construtora Concremat Engenharia, por R$ 350 milhões, mas tem um cheque de R$ 40 bilhões para investir nos diversos setores da infraestrutura, como portos, rodovias e ferrovias, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes a par do assunto.
Pouco conhecida no Brasil, a gigante China Communications Construction Company, chamada de CCCC, tem planos ambiciosos para o mercado brasileiro. Entrou de maneira modesta no fim do ano passado, com a compra de 80% da construtora Concremat Engenharia, por R$ 350 milhões, mas tem um cheque de R$ 40 bilhões para investir nos diversos setores da infraestrutura, como portos, rodovias e ferrovias, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo com fontes a par do assunto.
Ainda sem escritório próprio no Brasil, executivos chineses da CCCC ocupam provisoriamente desde o ano passado um espaço no banco de investimento Modal, que é o assessor financeiro exclusivo da companhia de infraestrutura no País, afirmam fontes. Ali, em um luxuoso prédio localizado na avenida Juscelino Kubitschek, que virou um dos principais centros comerciais de São Paulo, dezenas de chineses, liderados por Hin Lin, avaliam negócios bilionários para orientar a matriz em novas aquisições.
Na semana que antecedeu o feriado de Carnaval, o alto escalão da gigante chinesa - uma das maiores companhias de infraestrutura daquele país - esteve no Brasil para conferir os últimos trabalhos. Com uma lista extensa de ativos brasileiros sendo analisados para aquisição, essas visitas empresariais devem se tornar cada vez mais frequentes.
Com um faturamento global de quase US$ 60 bilhões por ano e mais de 100 mil empregados na China, a CCCC tem feito investimentos pesados fora do país - como projetos imobiliários nos Estados Unidos e de infraestrutura em países asiáticos. Agora, mira o Brasil porque vê a oportunidade de avançar em portos e ferrovias.
Há uma certa cautela com as investigações de corrupção em contratos públicos, mas esse fator não impede a companhia chinesa de fechar negócios. Nos últimos meses, executivos chineses começaram a caçar ativos e devem anunciar em breve importantes investimentos. Um deles será o do porto multimodal de São Luís (MA), que está sendo feito em parceira com a construtora WTorre.
A CCCC pretende fazer um aporte de cerca de R$ 1,7 bilhão no projeto. Procurada, a WTorre não comentou o assunto. O projeto do porto de São Luís é o primeiro passo que o grupo quer dar para se unir com ferrovias.
A CCCC tem interesse na Ferrovia Norte-Sul, na Transnordestina e na Ferrogrão (que ainda não saiu do papel, mas tem o objetivo de escoar a produção de grãos do Centro-Oeste pelos portos da região Norte). Nenhum contrato foi fechado ainda, mas já há conversas em andamento.
No caso da Transnordestina, que tem a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) como controladora do projeto, os representantes da empresa tiveram conversas em Brasília. A ideia seria ter o governo como sócio, mas ainda há uma pendência entre a União e a CSN que precisa ser resolvida primeiro. A companhia de Benjamin Steinbruch está em busca de um parceiro para o negócio.
A CCCC também não descarta entrar como investidora na Malha Sul, que pertence à Rumo ALL, do Grupo Cosan, afirmaram fontes. A Rumo contratou o Bank of America Merill Lynch para assessorar a operação. "A CCCC tem um cheque de R$ 40 bilhões para investir no Brasil. Obviamente, nem todo o dinheiro será usado, mas o grupo tem interesse em vários empreendimentos. A Malha Sul é um deles", disse uma fonte.
No início de abril, a companhia pretende se apresentar oficialmente ao mercado brasileiro. Vai fazer uma festa para comemorar a aquisição da Concremat Engenharia - uma construtora pequena no mercado brasileiro, que faturou R$ 930 milhões em 2015. No ano passado, a chinesa chegou a flertar com o grupo Camargo Corrêa para comprar uma fatia da empreiteira. As conversas, no entanto, não foram adiante.
A relação do grupo com o Brasil ficou mais estreita em 2014, quando o grupo chinês firmou uma joint venture com o Modal e o banco australiano Macquarie para criar a MDC. Essa empresa tem a finalidade de investir em projetos de infraestrutura na América do Sul. No fim do ano passado, o braço de investimento imobiliário do CCCC firmou uma joint venture com o investidor americano Stephen Ross para construir um complexo imobiliário em Los Angeles.
Os investimentos devem somar US$ 950 milhões. Em novembro, a gigante chinesa assinou acordo com uma ferrovia na Malásia, estendendo seus domínios na Ásia. Procurado pela reportagem, Hin Lin não quis comentar os planos da companhia. O Modal também foi procurado, mas preferiu não se manifestar.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO