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Governo Federal

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2017 às 15:41

Temer escolhe Osmar Serraglio para Justiça

Serraglio é visto como político moderado

Serraglio é visto como político moderado


ALEX FERREIRA/AGÊNCIA CÂMARA/DIVULGAÇÃO/JC
O deputado federal pelo PMDB do Paraná Osmar Serraglio foi escolhido pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o Ministério da Justiça. A decisão foi tomada nesta quinta-feira. A escolha contempla demanda da bancada do PMDB na Câmara, que vinha pleiteando mais espaço no governo.
O deputado federal pelo PMDB do Paraná Osmar Serraglio foi escolhido pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o Ministério da Justiça. A decisão foi tomada nesta quinta-feira. A escolha contempla demanda da bancada do PMDB na Câmara, que vinha pleiteando mais espaço no governo.
Serraglio tem 68 anos e nasceu em Erechim, no Rio Grande do Sul. Advogado e professor de Direito, foi eleito em 2016 presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o mais importante colegiado da Casa, em meio ao processo que levou à cassação do mandato do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Era visto na época como um parlamentar ligado à ala de Cunha dentro do partido. Sob sua tutela, porém, a CCJ acabou recusando recursos apresentados pelo hoje ex-congressista contra o processo de quebra de decoro no Conselho de Ética - episódio que culminou com a cassação do mandato do carioca pelo plenário da Casa.
Antes, Serraglio foi relator da CPI dos Correios, berço das apurações sobre o escândalo do mensalão do PT na Câmara. Alçado à função em junho de 2005 com o apoio do governo petista, acabou chegando ao final dos trabalhos em atrito com aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Neste ano, concorreu à vice-presidência da Câmara, mas foi derrotado no segundo turno pelo colega de bancada Fábio Ramalho (PMDB-MG).
Serraglio tem a simpatia de nomes ligados a outros partidos, como o PSDB. Entre os tucanos, é visto como um homem moderado e "de respeito".
A indicação para a pasta ocorre após a saída de Alexandre de Moraes, que deixou o ministério no início deste mês após ser indicado por Temer para a vaga do ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).
A nomeação de Moraes foi aprovada nesta quarta-feira (22) pelo plenário do Senado. O novo ministro tomará posse na Corte no mês que vem.
Serraglio assumirá o ministério em meio a uma forte pressão contra interferências políticas na Operação Lava Jato e à ameaça de novas crises na segurança pública.
Ele não foi a primeira opção de Temer. Acabou se destacando entre as indicações levadas ao presidente depois que o ex-ministro do STF Carlos Velloso recusou convite para assumir a pasta, alegando compromissos com clientes de seu escritório de advocacia.
A decisão de Velloso irritou integrantes do Planalto, especialmente por ter sido anunciada depois de o ex-ministro dizer que tinha sido chamado a ajudar a salvar o País. Nesse cenário, Temer reabriu consultas sobre o nome para o Ministério da Justiça, já sinalizando que tendia a fazer uma escolha baseada também num cálculo político, para prestigiar sua base no Congresso.
Em 2016, Serraglio defendeu o desembarque do PMDB do governo petista. Depois, votou pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Primeiro vice da Câmara rompe com a gestão de Temer

Primeiro vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada de Minas Gerais na Casa, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) anunciou, nesta quinta-feira, rompimento pessoal com o governo Michel Temer (PMDB). O anúncio foi uma reação à indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o comando do Ministério da Justiça, cargo que era cobiçado pela bancada mineira.
"Estou rompendo com o governo e vou colocar toda a bancada de Minas para romper também. Se Minas Gerais não tem ninguém capacitado para ser ministro, não devemos apoiar esse governo. Vou trabalhar no plenário contra o governo, para derrotar o governo em tudo. A vice-presidência da Câmara vai ser um ponto de apoio aos que não estão contentes com o governo", afirmou.
Ramalho defendia o nome de um mineiro no Ministério da Justiça: o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). O peemedebista, porém, perdeu força após virem à tona críticas feitas por ele ao poder de investigação do Ministério Público (MP). Em 2013, Pacheco se posicionou contra o poder de investigação do MP, quando a Câmara discutia proposta de emenda à Constituição sobre o tema.

Sob pressão, Planalto deve trocar Moura por Aguinaldo na liderança

Sob a pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer (PMDB) deve anunciar, até esta sexta-feira, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) como novo líder do governo na Casa. Desde sua reeleição ao comando da Câmara dos Deputados, o democrata Maia vinha pressionando o peemedebista pela saída de André Moura (PSC-SE), que fez campanha pela eleição de Jovair Arantes (PTB-GO).
Na tentativa de não se indispor com aliados do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que defendiam a manutenção de André Moura, o presidente chegou a definir sua permanência no cargo, mas recuou com a insatisfação de partidos como PP e DEM.
O objetivo do Palácio do Planalto é, assim, reduzir o desgaste com a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, que nos bastidores defendia a manutenção de Moura no posto de líder do governo. Depois do Carnaval, assessores do presidente promoverão encontros com aliados.