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Política

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2017 às 22:19

Tarso não acredita que Lula tenha recebido propina

Tarso Genro foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente

Tarso Genro foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente


JONATHAN HECKLER/JC
Lívia Araújo
O ex-governador do Estado Tarso Genro (PT) foi ouvido em depoimento de 1h10min, na tarde de quinta-feira, pelo juiz federal Sérgio Moro, arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), réu no processo sobre a suposta compra de um triplex no município de Guarujá, no litoral paulista.
O ex-governador do Estado Tarso Genro (PT) foi ouvido em depoimento de 1h10min, na tarde de quinta-feira, pelo juiz federal Sérgio Moro, arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), réu no processo sobre a suposta compra de um triplex no município de Guarujá, no litoral paulista.
A audiência foi feita por videoconferência no prédio da Justiça Federal em Porto Alegre. Durante 45 minutos, Tarso respondeu a perguntas da defesa da Lula; as perguntas do Ministério Público Federal duraram 5 minutos e, por 10 minutos, o ex-governador respondeu a Moro.
Apesar de ter falado à imprensa só por três minutos, Tarso disse não crer que Lula tenha recebido propinas e afirmou não ter informações sobre a compra do apartamento. "Obviamente que não acredito. Acho que o presidente nunca seria capaz de se subordinar a esse tipo de relacionamento." "Não sei da vida privada e financeira do (ex) presidente." O depoimento não foi aberto à imprensa a pedido do juiz Moro.
O objetivo do depoimento, segundo Tarso, foi explicar "como se forma um governo dentro do sistema de coalizão presidencialista". "É uma repartição de responsabilidades. O presidencialismo de coalizão foi o que levou o PMDB a apoiar o governo federal, e a pessoa mais importante para que houvesse essa aproximação foi o atual presidente da República, Michel Temer (PMDB)", disse, ao sair da sala.
Segundo a assessoria de imprensa de Tarso, a maior parte das perguntas de Moro versou sobre o período em que foi presidente nacional do PT (2005 a 2006) e ministro de Relações Institucionais do governo de Lula (entre 2006 e 2007). O juiz também pediu que ele explicasse sua tese sobre uma "refundação do PT", que defende a renovação de quadros do partido.
No início da noite de ontem, o escritório que defende o ex-presidente enviou uma nota em que classifica o depoimento de Tarso como "enfático" na defesa de Lula. "Ele negou a tese do caixa geral de propina. Reconhece que, em uma democracia, o processo político de ocupação de cargos no governo se dá no âmbito da relação Executivo/partidos, mas as indicações não são da alçada da presidência da República e sim dos ministérios das áreas em questão, cujo titular coteja a avaliação técnica do indicado com os representantes dos partidos da coalizão", afirma a nota.
Também nesta quinta-feira, a partir da Justiça Federal na Capital gaúcha, Moro colheu o depoimento de Fábio do Vale, ex-executivo da construtora OAS, elencado pela defesa de Paulo Gordilho, ex-diretor da OAS.
 
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