O ex-vereador Nereu D'Avila entregou ontem um pedido de desfiliação do PDT. Ele deixa o cargo de presidente metropolitano do partido, que passa a ser ocupado pelo presidente estadual da sigla, deputado federal Pompeo de Mattos.
Após 37 anos no quadro político do PDT e 34 anos como vereador em Porto Alegre, Nereu alega "discordância programática e ideológica" com decisões dos diretórios nacional e estadual do partido. Entre as divergências, ele cita o que chama de "imposição", para as eleições gerais de 2018, das candidaturas de Ciro Gomes à presidência e de Jairo Jorge ao governo do Estado.
Outro ponto em que discorda de Carlos Lupi, presidente nacional pedetista, foi a opção por expulsar nomes como o deputado federal Giovani Cherini (hoje no PR) por ter votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Nereu também não considera acertada a postura do partido na Assembleia Legislativa, de não ter fechado acordo quanto à votação do pacote de reestruturação do Estado proposto pelo governador José Ivo Sartori (PMDB).
Pompeo de Mattos lamenta e considera que a atitude "rasga a história de uma vida inteira no partido". A decisão de Nereu foi acompanhada pela esposa, Sônia D'Avila, suplente de vereadora em Porto Alegre também pelo PDT.