Com as especulações sobre a possibilidade de privatização do Banrisul, os servidores do banco estatal têm discutido o tema nas organizações sindicais, como por exemplo a Associação de Funcionários de Empresas do Grupo Banrisul (Agban). A vice-presidente da Agban, Analice Leitão, acredita que a dívida previdenciária do banco com os servidores inativos - que, segundo a associação, girava em torno de R$ 1,1 bilhão em 2015 - deve dificultar qualquer tentativa de privatização do Banrisul.
"Temos muitas ações judiciais contra a Fundação Banrisul (de Seguridade Social), por conta da dívida previdenciária. Isso deve trazer problemas para uma suposta privatização. Afinal, isso influencia inclusive no valor de mercado do banco", analisou Analice.
Conforme declarações de secretários estaduais, como o titular da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB), o Banrisul não deve entrar na renegociação da dívida com a União, ao contrário da CEEE, CRM e Sulgás. O vice-governador José Paulo Cairoli (PSD) disse que o banco "vai ser privatizado um dia, mas não neste governo". O ministro chefe da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB) disse que só o governo do Estado pode decidir sobre isso.