Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2017 às 17:59

Banco de Talentos prioriza teoria e prática na prefeitura

Não se pode negar, a criação do Banco de Talentos pela nova administração municipal liderada pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) trouxe inovação ao serviço público. Como quase tudo no Brasil da repetição e da falta de iniciativas claras e progressistas, foi motivo de críticas. Alguns chegaram a declarar que, na prática, continuou a escolha pela indicação partidária.
Não se pode negar, a criação do Banco de Talentos pela nova administração municipal liderada pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) trouxe inovação ao serviço público. Como quase tudo no Brasil da repetição e da falta de iniciativas claras e progressistas, foi motivo de críticas. Alguns chegaram a declarar que, na prática, continuou a escolha pela indicação partidária.
São mais de três mil candidatos cadastrados e que mostram a face rígida da falta de oportunidades com a crise socioeconômica pela qual está passando o Brasil, com inevitáveis reflexos nos estados e prefeituras. No entanto, o Banco de Talentos coloca à disposição da administração de Porto Alegre um elenco de pessoas preparadas, as quais podem ser escolhidas pelos seus predicados formais da educação curricular, mas também pela experiência, pela prática no setor ao qual estão se oferecendo. Ou, o melhor ainda, sendo escolhidas por preencherem justamente os requisitos que os novos dirigentes municipais estão em busca para vagas as mais diversas, eis que a prefeitura tem secretarias, outros servidores e órgãos muito bem qualificados, um modelo construído há décadas.
Que houve uma inovação, isso é inegável, além dos concursos periódicos que o município realiza, a fim de preencher os seus quadros profissionais, que têm boa reputação, como sabemos. Decorridas seis semanas desde que assumiu, Nelson Marchezan Júnior não pode ser qualificado como alguém que não está tentando fazer algo mais. Nem tudo poderá redundar em sucesso, mas ninguém poderá falar em falta de iniciativa, o que é louvável.
Com o voluntarismo dos mais moços e sendo neófito nos assuntos municipais, teve que explicar, aqui e ali, algumas frases e decisões que anunciou, as quais não caíram bem junto a nichos da população, como no caso da dispensa dos cobradores das linhas de ônibus. Não ter mais dinheiro em espécie nas linhas dos coletivos é uma boa ideia. Dispensar mais de mil trabalhadores celetistas em plena crise socioeconômica na qual o desemprego de 12,3 milhões de brasileiros é uma chaga pessoal, familiar e pública, não é algo que se pode aceitar, sem contestação.
Também a prefeitura da Capital tem obras em andamento e que devem ser concluídas, mesmo que, para tanto, como no caso do projeto Orla do Guaíba, sejam buscadas as hoje populares Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Há dinheiro específico para tocar a ideia, que está em andamento, mas nada impede uma aproximação com negócios particulares em que os interessados assumam gastos em troca da exploração de restaurantes, atracadouros, bares e lancherias ao longo da ainda pouco aproveitada orla na área central. Também o falado Projeto Cais Mauá é iniciativa que precisa de continuidade, de decisões. Como está, há mais de 10 anos, o antigo porto da Capital não serve para nada e, de fato, está abandonado, sem capina, varrição e com mau aspecto, além do desgaste dos antigos armazéns, cujas estruturas básicas foram importadas e montadas ainda no início da segunda década do século XX. Cada armazém tinha o chamado "ajudante fiel", uma espécie de gerente que organizava os produtos e equipamentos que eram ali descarregados e, depois, transportados até o seu destino, em Porto Alegre ou no interior do Estado.
Enfim, a cidade precisa manter serviços básicos e terminar obras, mesmo em meio a uma economia de guerra, por conta da cruel falta de recursos. E cobrar dos devedores contumazes é uma questão de justiça com os lojistas, atacadistas e todos os porto-alegrenses que pagam seus tributos em dia, mesmo com dificuldades.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO