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Internacional

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2017 às 17:28

Autópsia confirma que agente químico envenenou Kim Jong-nam

Aeroporto internacional de Kuala Lumpur passou por descontaminação

Aeroporto internacional de Kuala Lumpur passou por descontaminação


MANAN VATSYAYANA/AFP/JC
A autópsia de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un, confirmou que ele foi morto pela paralisia provocada pelo gás VX, considerado uma arma de destruição em massa. O resultado foi divulgado ontem pelo Ministério da Saúde da Malásia.
A autópsia de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un, confirmou que ele foi morto pela paralisia provocada pelo gás VX, considerado uma arma de destruição em massa. O resultado foi divulgado ontem pelo Ministério da Saúde da Malásia.
Kim Jong-nam foi assassinado no aeroporto internacional de Kuala Lumpur no dia 13. A polícia prendeu quatro pessoas suspeitas do crime. A conclusão aponta que ele sofreu "uma paralisia muito grave" e morreu em "um período de 15 a 20 minutos", afirmou o ministro malasiano da Saúde, Subramaniam Sathasivam.
Além das quatro pessoas detidas - uma vietnamita, uma indonésia, um malasiano e um norte-coreano -, a polícia quer interrogar outros sete norte-coreanos, incluindo um diplomata da embaixada de Pyongyang em Kuala Lumpur. Quatro deles, porém, deixaram a Malásia no dia do assassinato.
Imagens de câmeras de segurança do aeroporto mostram o momento em que duas mulheres se aproximam de Kim Jong-nam e uma delas lança algo no rosto dele. As duas suspeitas detidas alegam ter sido enganadas e que não sabiam o que faziam. As autoridades malasianas também declararam que o aeroporto internacional de Kuala Lumpur passou por descontaminação e está seguro.
O VX é um gás de ação mais rápida que seus congêneres, o sarin e o mostarda. Quem o inala demora menos a morrer devido a sua intensa ação no sistema nervoso central, provocando convulsões e insuficiência respiratória. O agente químico está entre as substâncias proibidas pela Convenção de Armas Químicas, de 1992, e que deveriam ser destruídas até 2002. A Coreia do Norte, porém, está entre os cinco países que não são signatários.
Kim Jong-nam, filho do falecido líder Kim Jong-il, era conhecido por suas posições críticas ao regime da Coreia do Norte. Já chegou a declarar que se opunha às transferências dinásticas de seu país, onde o poder passa de pai para filho. Em 2012, um norte-coreano detido como espião admitiu ter participado de um complô na China dois anos antes para encenar um acidente de carro a fim de atingi-lo.
Já começaram a surgir especulações de que Kim Jong-un teria envenenado o próprio irmão apenas para mostrar o poderio do arsenal químico de Pyongyang. O líder norte-coreano repudiou os boatos e acusou a Malásia de conspiração, juntamente com a Coreia do Sul.
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