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Internacional

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2017 às 16:26

Autoridades de México e EUA admitem diferenças

Durante pronunciamento na Cidade do México, Tillerson (e) e Videgaray prometeram trabalhar em conjunto

Durante pronunciamento na Cidade do México, Tillerson (e) e Videgaray prometeram trabalhar em conjunto


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
Graduadas autoridades de México e Estados Unidos fizeram um pronunciamento conjunto nesta quinta-feira, em evento na Cidade do México. Os representantes dos dois governos admitiram diferenças importantes, mas ressaltaram que há um compromisso de trabalhar em conjunto para superar isso.
Graduadas autoridades de México e Estados Unidos fizeram um pronunciamento conjunto nesta quinta-feira, em evento na Cidade do México. Os representantes dos dois governos admitiram diferenças importantes, mas ressaltaram que há um compromisso de trabalhar em conjunto para superar isso.
O ministro das Relações Exteriores mexicano, Luis Videgaray, disse que o processo de negociação entre os dois países "será longo e não necessariamente simples", mas deve prosseguir. "Vamos continuar as conversas com os EUA sobre assuntos como imigração e comércio", citou. Sobre a questão imigratória, Videgaray ressaltou a importância de estudos e de uma solução conjunta para o tema. As autoridades lembraram que, além dos imigrantes do próprio país, o México é uma zona de trânsito de muitos imigrantes centro-americanos que tentam uma vida melhor nos EUA.
O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou que ele e o restante da administração têm grande afeição pelo México, "um vizinho muito próximo". Tillerson reafirmou a cooperação "estreita" em questões comerciais e econômicas, como no setor de energia. "Podemos aproveitar oportunidades positivas para ambas as nações", apontou, além de argumentar que as duas partes "têm condições de reduzir suas diferenças". 
O encontro é realizado em um momento delicado da relação entre EUA e México. O presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu construir um muro em toda a fronteira bilateral, que, segundo ele, será pago com dinheiro mexicano. Além disso, fez críticas duras aos imigrantes mexicanos, qualificando-os como "homens maus" e "estupradores" durante sua campanha presidencial. Após a eleição, o republicano manteve a retórica dura contra os imigrantes, com promessas de fortalecer as fronteiras para garantir empregos para os próprios norte-americanos e evitar a entrada de terroristas. Da mesma forma, Trump promete rever o Nafta, acordo comercial que envolve também o Canadá, e diz que o México leva vantagem financeira sobre os EUA nessa relação.
O secretário de Segurança Interna norte-americano, John Kelly, lembrou que o que acontece no território mexicano afeta os EUA e vice-versa, por isso a importância da colaboração. "A relação com o México ajudará a criar empregos dos dois lados da fronteira", argumentou. "Temos a responsabilidade de tornar os dois países mais seguros", disse. O secretário ainda garantiu que "não haverá deportações em massa, tudo será feito de maneira legal". De acordo com Kelly, o foco das deportações será de criminosos, e tudo será feito em cooperação com o México. "Não usaremos a força militar nas operações de imigração", completou.
O secretário de Interior mexicano, Miguel Chang, também ressaltou, em sua fala, a necessidade de coexistência entre os países. "Os EUA precisam do México, e o México, dos EUA", resumiu.
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