Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2017 às 18:51

Bocas de urna mostram indefinição

Duas pesquisas de boca de urna apresentaram quadros diferentes sobre o resultado final do primeiro turno da eleição no Equador, ocorrida ontem. Segundo o órgão que regula as eleições no país, houve 69,58% de participação dos equatorianos, dos cerca de 12,8 milhões aptos a votar.
Duas pesquisas de boca de urna apresentaram quadros diferentes sobre o resultado final do primeiro turno da eleição no Equador, ocorrida ontem. Segundo o órgão que regula as eleições no país, houve 69,58% de participação dos equatorianos, dos cerca de 12,8 milhões aptos a votar.
Segundo a empresa Market, haverá segundo turno. Os números do instituto apontam Lenín Moreno, candidato do governo, com 36,2%, e seu principal concorrente, o direitista Guillermo Lasso, com 26,1%. A terceira colocada, Cynthia Viteri, teria obtido 23,1%.
Outro instituto de pesquisa, porém, o Opina Ecuador, indica que não haveria segundo turno, com a vitória já neste domingo do candidato governista. Os números dessa empresa apontam Moreno com 42,3%, Lasso com 27,2% e Viteri com 14,7%.
No Equador, para vencer no primeiro turno, o candidato deve obter 50% mais um voto, ou 40%, sendo que o segundo colocado fique pelo menos dez pontos percentuais atrás. Além do presidente e do vice, os equatorianos também escolheram 137 deputados e cinco representantes no Parlamento Andino para o período 2017-2021.
Assim que foram anunciados os números das duas sondagens, houve festa nos dois "bunkers". No de Moreno, o atual presidente, Rafael Correa abraçava seu herdeiro político em tom de vitória.
Já no de Lasso, os apoiadores aplaudiam e faziam festa, por considerarem o resultado de um segundo turno mais provável. Lasso conta com a ideia de obter o apoio dos outros seis concorrentes em um enfrentamento direto com Moreno, o que o ajudaria a superar o rival.
A votação ocorreu com normalidade, apesar de haver filas longas na maior parte dos locais e de a "sombra da fraude" pautar conversas entre eleitores. "São muitas as escolhas que cada um tem de fazer, o voto acaba sendo muito demorado", disse Michel Ramírez, responsável por um centro de votação em Cumbayá, na região da grande Quito.
"Não é o número de indecisos que vai definir essa eleição, mas sim se vai haver fraude ou não", disse à reportagem Néstor Jaramillo, de 44 anos, após votar na escola Quintiliano Sanchez, em Quito.
O que pode parecer apenas uma estratégia de campanha dos oposicionistas ganhou contornos mais concretos quando, há duas semanas, Lasso pediu, pelas redes sociais, que as pessoas que tinham familiares mortos recentemente checassem se seus nomes tinham sido retirados do registro nacional eleitoral. O resultado expôs que muitos ainda figuravam na lista, obrigando o presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Juan Pablo Pozo, a admitir que havia erros e que um ajuste seria feito.
A "sombra da fraude" voltou a ganhar força na sexta-feira, quando a ex-presidente do Tribunal Eleitoral da Venezuela, Ana Mercedes Díaz, que está no Equador como observadora do pleito, afirmou a uma emissora de TV colombiana que o processo estava "totalmente viciado" e que "uma fraude eleitoral" estava preparada.
Segundo a observadora, o fato de o registro nacional de eleitores estar desatualizado era apenas uma das evidências. Também contariam no suposto esquema a manipulação de cédulas, já que a eleição não é eletrônica.
Rafael Correa votou pela manhã, declarou estar certo de que não haveria segundo turno e que seu candidato, Lenín Moreno, seria eleito. Disse também já estar "nostálgico" com relação ao fato de ter de deixar o cargo que ocupou por dez anos - ele venceu em 2006, 2009 e 2013.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO