O empresário Jovenel Moïse tomou posse ontem como presidente do Haiti, após uma crise eleitoral que paralisou a vida política do país por um ano e meio. Moïse, de 48 anos, entrou para a política em 2015, indicado por Michel Martelly, eleito presidente em 2011.
Martelly queria fazer deste empresário do setor de produção de bananas, apelidado de "homem-banana" durante a campanha, o seu sucessor, e conseguiu. Ele venceu o primeiro turno da eleição presidencial em outubro de 2015, mas, devido a protestos e fraudes, a votação foi cancelada. O empresário, que pretende impulsionar, por meio da agricultura, a economia haitiana, finalmente foi confirmado presidente em novembro do ano passado.
Após o fim do mandato de Martelly, em 7 de fevereiro de 2016, por falta de sucessor eleito em tempo, o Parlamento escolheu Jocelerme Privert, então presidente do Senado, para ocupar o cargo interinamente. Ontem, Privert entregou a faixa presidencial ao presidente da Assembleia Nacional, que em seguida a passou para Moïse. Com um ano de atraso, o Haiti, cuja história é marcada por uma tradição de instabilidade política, retorna à ordem constitucional tendo um presidente eleito por sufrágio universal.