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Relações Internacionais

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2017 às 17:30

Exportações do G-20 crescem no 4º trimestre

Importações do grupo somaram US$ 3,113 trilhões, avanço de 0,8%

Importações do grupo somaram US$ 3,113 trilhões, avanço de 0,8%


ROSLAN RAHMAN/AFP/JC
O comércio internacional dos países do G-20, o grupo das 20 economias mais avançadas do globo, apresentou crescimento pelo terceiro trimestre consecutivo na margem de outubro a dezembro do ano passado, de acordo com um levantamento apresentado em Paris pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "No entanto, o comércio de mercadorias ainda permanece cerca de 10% abaixo dos níveis anteriores à crise financeira internacional", considerou. Os dados estão expressos em termos correntes em dólares e com ajuste sazonal.
O comércio internacional dos países do G-20, o grupo das 20 economias mais avançadas do globo, apresentou crescimento pelo terceiro trimestre consecutivo na margem de outubro a dezembro do ano passado, de acordo com um levantamento apresentado em Paris pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "No entanto, o comércio de mercadorias ainda permanece cerca de 10% abaixo dos níveis anteriores à crise financeira internacional", considerou. Os dados estão expressos em termos correntes em dólares e com ajuste sazonal.
De acordo com a pesquisa, o crescimento das vendas externas do G-20 de outubro a dezembro de 2016 foi de 1,5% ante os três meses anteriores, para US$ 3,143 trilhões. Já as importações do grupo somaram US$ 3,113 trilhões, um avanço de 0,8% no período. A OCDE salientou que as exportações haviam registrado expansão de apenas 0,3% no terceiro trimestre do ano, enquanto o aumento das importações havia sido de 0,7% no período - sempre na margem.
"As exportações no quarto trimestre de 2016 cresceram significativamente em função do aumento dos preços das commodities na Indonésia (12,9%), Austrália (12,4%) e Rússia (7,6%). As exportações também aumentaram fortemente na Argentina (4,1%), na Índia (3,4%), na Coreia (3,2%) e no México (3,1%)", pontuou o relatório da organização. Em grandes potências mundiais, no entanto, foram vistas contrações das vendas externas no período, como no caso da Alemanha (-1,3%), Japão (-0,8%), Estados Unidos (-0,8%) e Itália (-0,7%). Também marginalmente houve recuo na Turquia e no Reino Unido, de 0,1% em ambos os casos.
As importações no quarto trimestre de 2016 cresceram mais de 5% na Índia, Turquia, Argentina, Indonésia e Coreia e quedas significativas ocorreram no Canadá (-4,5%), na Rússia (-3,6%) e no Japão (-2,3%) e, em menor escala, na França, na Alemanha e no Reino Unido. De acordo com a OCDE, em parte, esse movimento refletiu as quedas no valor do euro e da libra esterlina em relação ao dólar. "As importações cresceram na Itália, pelo terceiro trimestre consecutivo (0,4%), mas em ritmo mais lento", observou a entidade.
Na China, as exportações cresceram moderadamente ao final de 2016 (0,9%), a primeira expansão desde o terceiro trimestre de 2015. "O forte crescimento das importações (3,6%), no entanto, fez com que o superávit comercial da China baixasse para seu menor nível desde o terceiro trimestre de 2014", comparou a organização.
O documento não traz destaques para o Brasil, um dos membros do G-20. Pelos dados divulgados, o aumento das exportações domésticas no quarto trimestre do ano passado foi de 1,5%, para US$ 46 bilhões, enquanto as importações mostraram um recuo de 0,3%, para US$ 34,4 bilhões. Fazem parte do G-20 Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia.

País vai acelerar corte de juros, prevê relatório do Bofa

O real está 5% sobrevalorizado em relação ao dólar e a tendência é de que a moeda brasileira se desvalorize ao longo dos próximos trimestres, avaliam os estrategistas do Bank of America Merrill Lynch em relatório. Ao mesmo tempo, o banco norte-americano projeta que o Banco Central (BC) vai acelerar o ritmo de corte na taxa de juros para um ponto percentual até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio e seguir com a estratégia de redução na Selic em 2018.
Com isso, o banco reduziu suas projeções para os juros no Brasil. Pelo lado dos riscos, a delação de executivos da Odebrecht é vista como uma ameaça à aprovação da reforma da Previdência.
O Bofa projeta que o dólar vai subir do nível atual para R$ 3,20 no segundo trimestre, R$ 3,30 no terceiro e R$ 3,40 no quarto período do ano. Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou cotada em R$ 3,11. Se a tendência para o real é de depreciação em relação ao dólar, os juros no Brasil devem seguir em queda.
Os analistas do Bofa para Brasil, David Beker e Ana Madeira, projetam que a taxa básica de juros deve terminar o ano em 9%, abaixo dos 9,75% previstos anteriormente. Para 2018, a previsão agora é de juro básico em 8,25%, abaixo da estimativa anterior, de 9,75%.
"Esperamos que o Banco Central vá acelerar o ritmo de corte para 100 pontos-base até maio e, em seguida, reduzir para 50 pontos", ressalta o relatório do banco. Se os índices de inflação continuarem vindo aquém do previsto e as expectativas do mercado caírem abaixo dos 4,5% da meta oficial do BC, o BofA avalia que há chance de ainda mais cortes na Selic. O banco projeta que o IPCA tenha alta de 4,2% este ano e de 4,6% em 2018.
Já nos Estados Unidos, o presidente da filial de Dallas do Federal Reserve (Fed), Robert Kaplan, reiterou que as taxas de juros podem subir "mais cedo do que tarde", mas sem especificar quando, na sua opinião, a autoridade monetária deveria agir.