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Economia

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 17:55

Comercializadora da CPFL espera crescer 50% em volume vendido ao consumidor

Agência Estado
A CPFL Brasil, comercializadora de energia do grupo CPFL, espera registrar um crescimento expressivo em 2017 no volume de energia vendida aos consumidores livres, avançando com a conquista de novos clientes que migram ao mercado livre e com a venda de energia para consumidores que já atuam no segmento. "Devemos crescer 50% em volume para o consumidor final", contou o diretor-presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos, que foi nomeado recentemente para o cargo depois de ocupar interinamente a posição por mais de um ano e meio.
A CPFL Brasil, comercializadora de energia do grupo CPFL, espera registrar um crescimento expressivo em 2017 no volume de energia vendida aos consumidores livres, avançando com a conquista de novos clientes que migram ao mercado livre e com a venda de energia para consumidores que já atuam no segmento. "Devemos crescer 50% em volume para o consumidor final", contou o diretor-presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos, que foi nomeado recentemente para o cargo depois de ocupar interinamente a posição por mais de um ano e meio.
"O crescimento ocorrerá em cima da expansão de 42% registrada em 2016", destacou o executivo. Ele lembrou que, entre os clientes atuais, o que se observa é uma redução dos volumes negociados, tendo em vista a diminuição do consumo. Mas a CPFL Brasil conseguiu vender energia para alguns consumidores livres atendidos por outras comercializadoras, o que tem ajudado a incrementar o volume de energia da carteira. "Isso foi resultado de uma estratégia de compra de energia em momento adequado. Conseguimos ser competitivos no momento da venda", disse Marrocos. 
Adicionalmente, a empresa prevê a incorporação de novos clientes à sua base em decorrência do movimento de migração de consumidores especiais, com demanda entre 1 MW e 3 MW, que podem deixar de ser atendidos pelas distribuidoras e passar a atuar no mercado livre desde que comprem energia de fontes incentivadas (eólica, solar, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas).
O executivo lembrou que somente nos últimos dois anos o número de consumidores no mercado livre cresceu 126%, para 4.062, com a incorporação, principalmente, de consumidores especiais, levando à uma queda no tíquete médio dos consumidores. "Em 2014, a média é de 1,7 MW médio, e a expectativa para 2017 é chegar a 1 MW médio", disse. Em termos de volume, a energia contratada no mercado livre total cresceu 9% entre 2014 e 2016, enquanto a energia proveniente de fontes incentivadas avançou 35%, para 2658 MW médios. Para a CPFL Brasil, em 2017 haverá uma adição de 1000 MW médios de fontes incentivadas no mercado livre, e o potencial para o longo prazo é de dobrar o mercado neste segmento.
Essa tendência de forte crescimento de consumidores especiais implicou em um desenho de estratégia de atuação da CPFL Brasil que inclui a padronização e automação dos processos e nos contratos. O movimento já foi iniciado, com a automação de processos comerciais e de interação com clientes. Agora a empresa está realizando projetos para a automação de processos internos, incluindo o faturamento dos contratos.
Marrocos afirma que o plano da empresa inclui ainda o desenvolvimento de ferramentas de TI para os próximos três anos. "Um número de clientes superior, com um tíquete médio menor, exige maior produtividade e eficiência", disse, sem revelar o montante de investimentos que estão sendo realizados pela empresa.
Parte desses novos clientes especiais pode ser incorporada por meio da modalidade varejista, regulamentada no início do ano passado com o objetivo de simplificar o processo de migração e operação dos consumidores, especialmente os de menor porte. Nesta modalidade, a comercializadora funciona como representante de consumidores e passa a funcionar como uma pequena distribuidora, agregando a carga de energia desses consumidores, centralizando a gestão dos contratos e o relacionamento com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que passa a contabilizar como agente apenas o comercializador varejista.
Há poucas comercializadoras habilitados até agora como varejistas. Muitas resistem a operar na modalidade alegando que ela amplia os riscos relacionados à inadimplência dos consumidores. "Somos solidários com a discussão sobre a inadimplência e seus riscos, mas entendemos que o risco do varejista não é tão pior que na comercialização tradicional", disse Marrocos. Embora defenda a permissão para que a comercializadora varejista possa fazer o corte do fornecimento em caso de inadimplência - o que não tem atualmente previsão legal -, ele explica que é possível limitar o risco da comercializadora com "critérios seletivos para a contraparte".
No total, o braço varejista da CPFL Brasil já atende por esta modalidade 10 unidades consumidoras, somando 10 MW médios. A expectativa, disse Marrocos, é encerrar este ano com 25 MW médios dentro da carteira.
Ainda em 2017, a CPFL Brasil pretende atuar de forma mais ativa nos produtos financeiros de energia, que passaram a ser negociados com um pouco mais de volume no ano passado e tentam se consolidar no mercado. "Entendemos que haverá um tempo de amadurecimento. Esse mercado tende a ser expressivo no futuro", comentou.
Numa visão de futuro de longo prazo, a CPFL Brasil se prepara para atuar no segmento de gás natural. "Estamos construindo nosso plano de negócio e ao longo de 2017 queremos entender melhor esse mercado, que está evoluindo do ponto de vista da comercialização, para em 2018 ter um posicionamento firme quanto à forma de atuação", disse.
"As estratégias de atuação da CPFL Brasil para 2017 não tiveram influência do novo controlador do grupo, a chinesa State Grid, comentou Marrocos. "O novo acionista não trouxe uma posição específica, embora eles tenham um lado tecnológico forte. Neste momento estamos apresentando o mercado livre a eles, e não há uma definição de como aportar o benefício do novo acionista", disse.
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