Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2017 às 17:21

Novo indicador aponta que 62% dos brasileiros não guardam dinheiro, diz SPC Brasil e CNDL

Em janeiro, 62% dos consumidores afirmaram não guardar dinheiro e nem possuir uma reserva financeira. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) - que passam a divulgar mensalmente os resultados do Indicador de Reserva Financeira.
Em janeiro, 62% dos consumidores afirmaram não guardar dinheiro e nem possuir uma reserva financeira. A informação foi divulgada nesta terça-feira (21) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) - que passam a divulgar mensalmente os resultados do Indicador de Reserva Financeira.
O índice reunirá dados sobre a quantidade de brasileiros que conseguiram guardar ao menos parte dos seus rendimentos e acompanhará a evolução desse hábito. A pesquisa abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém.
Segundo o primeiro levantamento, cerca de 29% das pessoas guardam apenas o que sobra do orçamento em janeiro, e apenas 7% reservam um valor fixo mês a mês - somando-se os dois percentuais, 36% têm o costume de guardar alguma quantia.
Os entrevistados também foram questionados sobre a poupança que fizeram no mês anterior à pesquisa. O indicador mostra que, em dezembro, expressivos 75% não conseguiram reservar nada de sua renda, contra 23% que conseguiram. A diferença entre as classes também aparece aqui: nas classes A e B, o percentual de poupadores foi de 36%, enquanto nas classes C, D e E foi de 19%. Entre os poupadores, guardou-se, em média, a quantia de R$ 480,85 no mês.
O indicador revela que o principal destino do dinheiro reservado ainda é a caderneta de poupança, citada por 62% dos entrevistados que fazem reserva. Também chama a atenção o fato de que 20% dos poupadores guardam dinheiro em casa. Os fundos de investimento foram mencionados por 10% e a Previdência Privada, por 6%. A lista segue com outras opções de investimento em renda fixa e com a Bolsa de Valores, mas todos citados por menos de 5% desses entrevistados.
O indicador mostra que há diferenças entre classes sociais: nas classes A e B, os poupadores habituais, independentemente de o valor ser fixo ou não, somaram 58% dos entrevistados; já nas classes C, D e E somaram 30%.
Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o brasileiro não tem o hábito de poupar e, quando poupa, na maioria das vezes a poupança é o que sobra do orçamento, e não algo planejado. “A formação de uma reserva de dinheiro é um tópico fundamental para o equilíbrio das finanças pessoais, mas tende a ser negligenciada por boa parte dos consumidores. A consequência disso é que, se deparados com um acontecimento imprevisto, muitos acabam inadimplentes”, afirma Pellizzaro.
O levantamento ainda mostra que a maior parte dos poupadores busca, ao fazer uma reserva, proteger-se contra imprevistos como doenças, morte de entes (43%) ou mesmo o desemprego (31%). Há também 27% que poupam pensando em garantir um futuro melhor para a família e 24% que poupam com vistas à realização de um sonho de consumo - 23% citam os planos de viajar e 18% mencionam a compra ou quitação da casa.
A reserva financeira com foco na aposentadoria foi citada apenas por 17% dos entrevistados. “É um percentual bastante baixo, já que estamos considerando apenas a realidade dos poupadores”, indica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “A longo prazo, a falta de preparo cobra seu preço. Sem constituir uma reserva ao longo da vida, muitos idosos são obrigados a rever seu padrão de consumo ou acabam na dependência de terceiros. Em tempos de discussão sobre a reforma das regras de aposentadoria, o tema torna-se ainda mais urgente.”
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO