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Economia

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2017 às 20:31

Venda de ativos da Petrobras deve atrasar

Duas das três principais agências de risco do mundo criticaram, nesta quarta-feira, os entraves à venda de ativos e subsidiárias pela Petrobras. Em dezembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a assinatura de contratos com esse objetivo, alegando irregularidades no processo, e a Petrobras vem sofrendo reveses na Justiça que levaram ao bloqueio de transações, como a venda da BR Distribuidora e, na semana passada, da firma de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS). A agência de ratings Fitch vê um "esforço coordenado" para obstruir a venda de ativos, o que deve levar a um atraso de pelo menos um ano no processo, segundo calculou a S&P, uma outra agência.
Duas das três principais agências de risco do mundo criticaram, nesta quarta-feira, os entraves à venda de ativos e subsidiárias pela Petrobras. Em dezembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a assinatura de contratos com esse objetivo, alegando irregularidades no processo, e a Petrobras vem sofrendo reveses na Justiça que levaram ao bloqueio de transações, como a venda da BR Distribuidora e, na semana passada, da firma de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS). A agência de ratings Fitch vê um "esforço coordenado" para obstruir a venda de ativos, o que deve levar a um atraso de pelo menos um ano no processo, segundo calculou a S&P, uma outra agência.
Na sexta-feira passada, a agência elevou a nota de crédito da estatal de "B " para
"BB-" e melhorou a perspectiva de "negativa" para "estável". A S&P justificou a decisão citando melhoria da liquidez (disponibilidade de capital da empresa) e estrutura de capital mais equilibrada da petroleira. Mesmo no novo patamar, a petroleira ainda permanece dois níveis distante do chamado "grau de investimento", espécie de selo de bom pagador.
"A Fitch vê a decisão contra a venda da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pela Petrobras como um esforço coordenado de forças que se opõem ao programa de desinvestimento da petroleira, cujo objetivo é fortalecer o balanço da companhia", disse a agência em nota. "Também reconhecemos que podem haver outras restrições pela frente para o plano de desinvestimento da Petrobras, uma vez que a motivação dos processos na Justiça parece ser ou atrasar, ou encerrar completamente o plano."
"Há incertezas sobre o timing da execução do plano de desinvestimento. Agora, com toda a restrição imposta pelo TCU, acreditamos que possa haver atraso, embora acreditamos que, no fim, a companhia poderá ser capaz de acabar com essas restrições. Hoje, nosso cenário base assume que, do ponto de vista da desalavancagem, deve haver um atraso de no mínimo 1 ano na execução das vendas", afirmou a analista Renata Lotfi, da S&P.
Segundo Renata, esse será um fator importante para mudanças de nota da Petrobras no futuro, ao lado da continuidade da nova política de preços de combustíveis adotada no ano passado pela petrolífera. Para a analista, essa nova política trouxe avanços importantes na expectativa de geração de caixa da companhia. "A maior preocupação que temos é se essa melhora no padrão de gestão será mantido em um novo governo."
Mas Luciano Gremone, também analista da S&P, ponderou que o atraso esperado na execução do plano de venda de ativos não deve levar a rebaixamentos. "No ritmo que estamos observando hoje, não estamos esperando que atrasos na execução do plano levará a rebaixamentos, justamente porque nosso cenário-base assume uma postura conservadora com relação ao plano."
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