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Conjuntura

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2017 às 18:44

Serviços prestados sofrem redução de 5% em 2016

Retrações mais fortes foram sentidas em informação e comunicações

Retrações mais fortes foram sentidas em informação e comunicações


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
O volume de serviços prestados teve aumento de 0,6% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano de 2016, no entanto, ficou negativa em 5,0%, a maior perda já registrada na série histórica.
O volume de serviços prestados teve aumento de 0,6% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano de 2016, no entanto, ficou negativa em 5,0%, a maior perda já registrada na série histórica.
Na comparação com dezembro do ano anterior houve redução de 5,7% em dezembro de 2016, já descontado o efeito da inflação, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2012. A queda foi a mais acentuada para o mês da série histórica, iniciada em 2012. Em novembro de 2016 ante novembro de 2015, a redução tinha sido de 4,6%. A taxa de novembro ante outubro foi revisada de 0,1% para 0,2%.
Desde outubro de 2015, o órgão divulga índices de volume no âmbito da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Antes disso, o IBGE anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal caiu 1,5% em dezembro de 2016 ante igual mês de 2015.
O avanço de 0,6% no volume de serviços prestados no País na passagem de novembro para dezembro foi puxado por uma melhora no setor de transportes, segundo o IBGE. O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio teve crescimento de 0,4% em dezembro, após uma alta de 2,3% já registrada em novembro. "O transporte de cargas aumentou em dezembro acompanhando o crescimento do setor industrial", justificou Roberto Saldanha, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Houve crescimento também nos serviços prestados às famílias, que tiveram elevação de 2,0% em dezembro ante novembro. "Os dois setores cresceram, mas o principal impacto foi transportes. Os serviços prestados às famílias têm peso menor", explicou Saldanha.
Na direção oposta houve perdas nos serviços de informação e comunicação (-1,7%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%); e no segmento de outros serviços (-1,2%).
"O setor de serviços não cresceu mais porque serviços de informação e comunicação caíram, são os que têm maior peso, e serviços profissionais e administrativos também recuaram. Esses dois setores juntos dão mais ou menos 57% do setor de serviços", contou o pesquisador do IBGE. O agregado especial das Atividades turísticas apresentou crescimento de 3,1% em dezembro, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Último trimestre reverteu tendência de recuperação

O setor de serviços no País encerrou o ano pior do que começou, segundo os resultados trimestrais apontados pela Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve interrupção na melhora no ritmo de queda tanto na comparação com o trimestre anterior quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O volume de serviços prestados recuou 2,8% no quarto trimestre de 2016 ante o trimestre anterior, resultado bastante superior aos registrados no terceiro, segundo e primeiro trimestres: -0,7%, -1,0% e -1,6%, respectivamente. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o volume de serviços prestados encolheu 6,0% no quarto trimestre de 2016. A queda também foi maior do que nos trimestres anteriores: de -4,4% no terceiro trimestre; -4,7% no segundo trimestre; e -5,0% no primeiro trimestre do ano passado.
"O resultado do quarto trimestre foi ruim e reverte uma tendência que era de início de recuperação. O volume estava caindo menos. Uma retração nunca é boa, mas quando vai caindo menos, é indício de recuperação. E o quarto trimestre reverteu essa tendência, foi muito ruim", avaliou Roberto Saldanha, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
"Não foi um bom desempenho nem para dezembro nem para o ano. Vamos esperar que a retomada de outros setores estabilize e puxe o setor de serviços para um patamar satisfatório", disse o pesquisador. "Serviços é o último setor a sentir uma retração na economia, mas também é o último a se recuperar, porque depende da recuperação dos outros setores e do poder de compra das famílias", lembrou.