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Agronegócios

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2017 às 22:13

Expodireto prevê crescer 15% nos negócios em 2017

Mânica (em pé) lembrou a Sartori que a feira é feita de "business"

Mânica (em pé) lembrou a Sartori que a feira é feita de "business"


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Embalada pela previsão de nova safra gaúcha recorde de grãos, a Expodireto aposta em crescimento em vendas para tirar o atraso da desaceleração dos negócios nos últimos dois anos. A organização da mostra, que vai de 6 a 10 de março em Não-Me-Toque, no Planalto e uma das principais regiões produtoras de soja e milho no Rio Grande do Sul, estima que a comercialização de equipamentos e serviços avance 15% sobre 2016. Com isso, os negócios poderão atingir R$ 1,72 bilhão. No ano passado, a movimentação informada foi de R$ 1,5 bilhão, a mais baixa desde 2013.
Embalada pela previsão de nova safra gaúcha recorde de grãos, a Expodireto aposta em crescimento em vendas para tirar o atraso da desaceleração dos negócios nos últimos dois anos. A organização da mostra, que vai de 6 a 10 de março em Não-Me-Toque, no Planalto e uma das principais regiões produtoras de soja e milho no Rio Grande do Sul, estima que a comercialização de equipamentos e serviços avance 15% sobre 2016. Com isso, os negócios poderão atingir R$ 1,72 bilhão. No ano passado, a movimentação informada foi de R$ 1,5 bilhão, a mais baixa desde 2013.
Na safra de 2015-2016, foram quase 29 milhões de toneladas de grãos. Para 2016-2017, projeta-se mais de 33 milhões de toneladas. A Emater deve divulgar a estimativa na feira em Não-Me-Toque. A cifra recorde na história da mostra (que reúne tanto venda efetivada como proposta colocada nos bancos) foi em 2014 e somou R$ 3,2 bilhões, lembrou, no lançamento da 18ª edição ontem, no Galpão Crioulo no Palácio Piratini, o presidente da mostra, Nei Mânica. Em 2015, os valores de vendas ficaram em R$ 2,1 bilhões.
Mânica espera que as condições de repasse de crédito possam pavimentar a expectativa de compras pelos produtores. O dirigente observou que a taxa básica (Selic) teve cortes - foram duas sessões seguidas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central com redução. A taxa hoje está em 13% ao ano. "Com isso, as taxas estão voltando a um patamar mais compatível com os negócios", avalia o presidente da Expodireto e Cotrijal, cooperativa que criou o evento, cuja marca são as novidades na área de tecnologia de precisão para o campo.
"Há muita demanda reprimida, mas com boa produtividade a insegurança reduz", acredita Mânica, ponderando sobre a cautela com maior custo financeiro e atuais comprometimentos com financiamentos já tomados. A produtividade na base da Cotrijal em soja teria saltado de 45 sacas por hectare para 66 sacas. O dirigente também fez questão de dizer que os cinco dias "não têm bebida alcoólica, não têm shows, é uma feira de business". Além disso, Mânica aproveitou para criticar a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de janeiro, que entrará na passarela com um samba-enredo em homenagem ao Parque do Xingu e com críticas ao agronegócio. "A escola passa uma visão negativa do setor. A mair parte das pessoas desconhece a origem dos produtos que compra na cidade."     
Neste ano, serão mais de 500 expositores nacionais e internacionais de máquinas e equipamentos focados em produtores da área vegetal e animal, além de instituições de pesquisa, agricultura familiar, serviços, instituições financeiras e entidades oriundas de 70 países. No ano passado, o parque da Expodireto recebeu mais de 210 mil visitantes. O governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), lembrou que o campo ocupa cada vez mais espaço no PIB gaúcho, chegando a 64%, se for considerado o efeito para outros setores. O governador pregou que o campo, "que ajudou o Brasil a fazer o crescimento", volte ao desenvolvimento interno. Sartori comentou que a feira, que tem fóruns e painéis de debates, vai tocar no tema crucial, que é o da Reforma da Previdência. No campo, a proposta do governo federal, que estabelece a idade mínima de 65 anos no sistema geral, sofre restrições.    
O presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Cláudio Bier, entrou na onda de reversão da baixa em 2016. Bier garantiu que o setor no Estado, que responde por 60% da produção brasileira e é o maior em exportação, começa a contratar. "Timidamente, mas já está empregando", observou Bier, logo após o lançamento da feira. Segundo o dirigente industrial, a venda de equipamentos já cresce e validou a meta de aumentar em 15% a comercialização na edição deste ano. "É um setor que está à margem de toda essa crise que está aí", justificou o presidente do Simers.

RIVALIDADE DENTRO DE CASA

As duas principais feiras de máquinas para setor agrícola
Ano             Expodireto                Expointer
2013           R$ 2,5 bilhões            R$ 3,3 bilhões
2014           R$ 3,2 bilhões             R$ 2,7 bilhões
2015           R$ 2,1 bilhões             R$ 1,6 bilhão
2016           R$ 1,5 bilhão               R$ 1,9 bilhão
Fonte: Organizadores das duas feiras