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Economia

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2017 às 14:10

Se negociação não evoluir, Anatel deve intervir e manter serviço, diz Oi

Agência Estado
O presidente da Oi, Marco Schroeder, disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve estar pronta para intervir e manter os serviços prestados pela empresa, caso seja necessário. Trata-se de uma resposta ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que disse, na semana passada, que a chance de intervenção na Oi, numa escala de 0 a 10, aumentou de 1 para 3.
O presidente da Oi, Marco Schroeder, disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve estar pronta para intervir e manter os serviços prestados pela empresa, caso seja necessário. Trata-se de uma resposta ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que disse, na semana passada, que a chance de intervenção na Oi, numa escala de 0 a 10, aumentou de 1 para 3.
Segundo Schroeder, a Oi tem feito um bom trabalho operacional e tem melhorado a geração de caixa e os indicadores de qualidade, mas tem o desafio de renegociar sua dívida com os credores. "A Oi tem um tempo para renegociar a dívida dela. É um assunto que não pode ficar em aberto eternamente", afirmou.
"O que o ministro falou é: ou vai se revolver entre acionistas e credores, que tipo de desconto vai ter na dívida, que tipo de porcentual vai se entregar como ações para esses credores, é uma discussão que está na mesa. Ou, se isso não evoluir, obviamente a Anatel tem que estar pronta para manter a continuidade dos serviços", afirmou, após participar do seminário Políticas de Telecomunicações, organizado pela Teletime e o Centro de Estudos de Políticas de Comunicações da UnB.
Segundo Schroeder, a Oi vai tentar construir, em março, uma nova proposta para o plano de recuperação judicial, acordado entre acionistas e credores. A intenção é que ela seja votada no segundo trimestre. "Nossa ideia é apresentar uma nova proposta em março, com algumas eventuais correções em relação ao plano de setembro", afirmou.
Do total da dívida da Oi, de R$ 65,4 bilhões, cerca de R$ 32 bilhões se referem a fundos, que, segundo Schroeder, aceitam dar um desconto médio de 70%, o que resultaria em R$ 10 bilhões, a serem compostos por novas dívidas e papeis da companhia. Ele não revelou a proporção dessa divisão.
"Qualquer acionista possivelmente dirá que demos mais, e os credores dirão que demos menos", afirmou. "Me parece que a proposta que está na mesa é justa. Eles querem dar um desconto, mas querem se apropriar dos ganhos da empresa por meio de ações, e eles fazem jus a receber."
Para Schroeder, as negociações com potenciais novos investidores, como os fundos Cerberus, Elliot e o bilionário egípcio Naguib Sawiris, só deveriam começar após a conclusão da recuperação judicial. Ele acredita que poderia ocorrer no segundo semestre deste ano.
"O que defendo é negociar apenas com os credores e acionistas, entregar as ações aos credores e, somente em um segundo momento, poderiam entrar novos investidores e acionistas", disse.
Segundo o executivo, a dívida com os bancos, de cerca de R$ 15 bilhões, não sofreria desconto, mas seria parcelada em até 17 anos, com juros aquém do mercado. Atualmente, o prazo médio desses financiamentos é de cinco anos.
Já as dívidas com a União, estimadas em R$ 20 bilhões, estão sendo tratadas por mediação na Justiça. A empresa reconhece R$ 5 bilhões em créditos tributários, questiona R$ 2 bilhões e quer renegociar R$ 13 bilhões em multas - R$ 7 bilhões com a Advocacia Geral da União (AGU) e R$ 6 bilhões com a Anatel.
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