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Economia

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2017 às 18:42

Lucro do Itaú Unibanco sobe no último trimestre de 2016

Maior banco privado do País ainda não sinaliza retomada no crédito

Maior banco privado do País ainda não sinaliza retomada no crédito


JONATHAN HECKLER/JC
Apoiado na redução da inadimplência e na queda das despesas contra possíveis calotes, o Itaú Unibanco lucrou R$ 5,8 bilhões no último trimestre de 2016, alta de 4% ante o período de julho a setembro e de 1,8% na comparação com o quarto trimestre de 2015. No ano, o lucro líquido foi de R$ 22,2 bilhões, queda de 7% na comparação com 2015.
Apoiado na redução da inadimplência e na queda das despesas contra possíveis calotes, o Itaú Unibanco lucrou R$ 5,8 bilhões no último trimestre de 2016, alta de 4% ante o período de julho a setembro e de 1,8% na comparação com o quarto trimestre de 2015. No ano, o lucro líquido foi de R$ 22,2 bilhões, queda de 7% na comparação com 2015.
Mas apesar da redução nos calotes, o maior banco privado do País não dá sinais de retomada nas concessões de crédito. A carteira total de empréstimos fechou dezembro em R$ 562 bilhões, recuo de 11,5% na comparação com o quarto trimestre de 2015 e de 1% ante o terceiro trimestre de 2016.
Para 2017, o Itaú projeta que os empréstimos possam cair até 2% ou avançar 2% no País. O banco foi conservador mesmo nos empréstimos com garantia, como o consignado, que recuou 2,2% entre o terceiro e o quarto trimestre, para R$ 44,64 bilhões. Essa linha vinha sendo explorada pelas grandes instituições financeiras para manter as concessões de crédito em um cenário de risco de inadimplência elevado.
O Itaú ofereceu mais crédito nas linhas de cartão de crédito e de financiamento imobiliário, a exemplo dos demais bancos. Houve alguma retomada, no entanto, nos empréstimos para pequenas e médias empresas, o segmento que mais sofreu com a crise. A carteira de crédito desse segmento terminou 2016 com R$ 61,6 bilhões, alta de 1,3% ante setembro. Na comparação com dezembro de 2015, a queda é de 10,8%.
A inadimplência acima de 90 dias em 4,2% considerando apenas os dados dos empréstimos no País, queda ante os 4,8% registrados no terceiro trimestre. O índice de calotes ainda é maior que o registrado no final de 2015, 3,9%.
As despesas do Itaú para cobrir eventuais calotes somaram R$ 5,8 bilhões no quatro trimestre, queda de 8,5% quando comparadas ao quarto trimestre de 2015. A redução nessas reservas indica que o banco espera maior pontualidade nos pagamentos daqui para frente.
A margem financeira, que é a receita a partir das operações de crédito e também das aplicações no mercado financeiro, somou R$ 17,3 bilhões, queda de 2,9% na comparação com o último trimestre de 2015.
Já as receitas com prestação de serviços (como de conta-corrente e cartão de crédito) avançaram 1,4% entre o último trimestre de 2015 e igual período de 2016, para R$ 7,98 bilhões. O crescimento foi menor que o registrado no Bradesco e no Santander e reflete o desempenho negativo dessas receitas em outros países. Os correntistas do Itaú pagaram R$ 1,7 bilhão em tarifas de conta-corrente no quarto trimestre, alta de 7,2% ante o último trimestre de 2015.
Além de esperar relativa estabilidade no crédito neste ano, o Itaú indicou que a margem financeira com clientes deve apresentar nova queda, entre 5% e 1,5% no País. A margem financeira com clientes é a receita gerada com empréstimos.
O resultado das despesas contra calotes, que considera os valores recuperados pelo banco após a inadimplência, deve ficar entre R$ 12,5 bilhões e R$ 15 bilhões, intervalo menor que o de 2016. O banco também espera crescimento menor nas receitas com tarifas, com avanço de até 4% neste ano. No ano passado, o incremento foi de 5,9%.
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