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Aviação

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2017 às 17:54

Azul quer mais 13% de capacidade operacional

Em 2018, intenção é que frota seja formada por 128 aeronaves

Em 2018, intenção é que frota seja formada por 128 aeronaves


AZUL LINHAS A/DIVULGAÇÃO/JC
A Azul planeja elevar sua capacidade operacional em 2017, medida em termos de assentos-quilômetro disponíveis (ASK), em aproximadamente 13% em relação à 2016, de acordo com informações contidas no prospecto preliminar da oferta de ações protocolado ontem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Azul planeja elevar sua capacidade operacional em 2017, medida em termos de assentos-quilômetro disponíveis (ASK), em aproximadamente 13% em relação à 2016, de acordo com informações contidas no prospecto preliminar da oferta de ações protocolado ontem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A estimativa, segundo a empresa, tem como base a introdução de 10 aeronaves Airbus 320neo na frota - esse modelo possui 56 assentos a mais que os aviões Embraer E195, que constituem a maior parte das aeronaves atualmente operadas pela Azul. O documento também traz projeções relativas à evolução da frota da companhia até 2020. Segundo o prospecto, a Azul encerrou o ano de 2016 com 123 aviões, sendo 74 E-Jets da Embraer, 35 ATRs, cinco Airbus A320neo e cinco Airbus A330. Em 2017, a empresa estima que contará com uma frota de 121 aeronaves, sendo 60 E-Jets, 35 ATRs, 10 A320neo e sete A330.
Para 2018, o número de aviões deverá pular para 128 (69 E-Jets, 35 ATRs, 17 A320neo e sete A330) e, em 2019, deverá chegar a 139 (69 E-Jets, 38 ATRs, 25 A320neo e sete A330). Para 2020, a Azul projeta uma frota de 151 aviões (69 E-Jets, 40 ATRs, 35 A320neo e sete A330).
Segundo a empresa, o aumento no número de A320neo e da frota como um todo parte da premissa de que a demanda por parte dos passageiros nos mercados de atuação da empresa irá aumentar em razão da melhor perspectiva macroeconômica para o Brasil nos próximos anos. "Ainda, acreditamos que há uma forte oportunidade de crescimento em rotas que não atuamos ou que são menos atendidas entre cidades grandes, médias ou regionais no Brasil", diz a companhia.
O prospecto ainda afirma que a companhia espera um crescimento "de mais de um milhão de membros" em 2017 no TudoAzul, programa de fidelidade da empresa - o número representa um aumento de 20% em relação a 2016. Segundo a Azul, o crescimento será impulsionado por um número maior de parceiros e o lançamento de novos produtos.
A empresa também avalia que o aumento no tráfego de passageiros, o maior uso de cartões de crédito pela população brasileira e a maior conscientização sobre o setor de fidelidade contribuirão para a evolução na base de usuários do TudoAzul.
A Azul encerrou o ano de 2016 com um prejuízo líquido de R$ 126,3 milhões, montante 88,2% menor que a perda de R$ 1,074 bilhão registrada em 2015. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a
R$ 778,8 milhões, revertendo o resultado do ano anterior, quando o Ebitda ficou negativo em
R$ 449,1 milhões.

Aérea cita combustível e câmbio como riscos à companhia

A Azul lista eventuais oscilações nos custos de combustível, variações nas condições econômicas e instabilidades nas taxas de câmbio, entre outros fatores, como potenciais riscos à atividade da companhia, de acordo com informações contidas no prospecto preliminar da oferta de ações da empresa, protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No documento, a Azul destaca que os custos de combustíveis responderam por 29,8% das despesas operacionais totais da empresa em 2015 e por 24,7% em 2016. A companhia ressalta que eventos resultantes de instabilidades no Oriente Médio ou outras regiões produtoras de petróleo, bem como a suspensão da produção por algum produtor relevante, podem gerar aumento substancial dos preços do insumo.
"Nossas operações de hedge poderão não ser suficientes para nos proteger de aumentos nos preços do combustível, e podemos não ser capazes de ajustar nossas tarifas de forma suficiente para nos proteger de aumentos nos preços dos combustíveis", diz a empresa, que tem como principais fornecedores de combustível a BR Distribuidora, a Air BP Brasil e a Raízen Combustíveis - somente a BR Distribuidora é responsável pelo fornecimento de 66,1% do combustível da Azul.
O prospecto também afirma que o setor aéreo é "particularmente sensível" a mudanças nas condições econômicas e que caso ocorra uma piora na economia, tanto os resultados operacionais quanto a capacidade de obter financiamentos sofrerão impactos negativos.
Quanto ao câmbio, a empresa avalia que instabilidades podem ter efeitos adversos na economia brasileira, na empresa em si e no preço das ações preferenciais, incluindo na forma de ADRs. "Embora a desvalorização do real no longo prazo seja geralmente relacionada à taxa de inflação no Brasil, a desvalorização do real em menores períodos de tempo resultou em alterações significativas na taxa de câmbio em relação ao real, ao dólar norte-americano e a outras moedas", diz o texto.
A Azul destaca que as receitas da companhia são denominadas em real, mas uma parte significativa das despesas operacionais, como combustível, contratos de arrendamento de aeronaves e alguns contratos de manutenção são atrelados a moeda estrangeira - em 2015, 57,5% dos custos da Azul foram denominados em moeda estrangeira, passando para 53,7% em 2016.
"Não temos garantia de que seremos capazes de nos proteger dos efeitos das flutuações do real", afirma a empresa.

Presidente da Câmara defende cobrança de bagagens por aéreas

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que a Câmara deixe entrar em vigor a regra da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que permite às companhias aéreas acabar com a franquia de bagagens antes de decidir se derruba ou não a mudança. Maia destacou que o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, defendeu esse caminho como forma de ver se a medida gerará uma redução no preço das passagens aéreas.
"O ministro deu uma declaração de que as mudanças podem gerar redução de preço. Talvez seja o melhor caminho, já que o ministro tem esse compromisso, que a gente deixasse começar. Tem dois pontos de vista, os que acham que o cidadão vai ser prejudicado e outros que estão achando que essa decisão vai cobrar daqueles que efetivamente levam mais bagagens e aquele que não leva não vai pagar pelo outro. Então essas questões mais técnicas precisam ser tratadas com um certo cuidado para que não faça coisa que pareça certo e não seja certo", afirmou Maia.
A medida entra em vigor para as passagens compradas a partir de 14 de março. Em dezembro do ano passado o Senado aprovou um projeto que sustava a norma, mas a proposta precisa ainda passar pela Câmara para que a cobrança por todas as bagagens despachadas seja barrada. Atualmente, há uma franquia de 23 quilos para voos nacionais e de 32 quilos para voos internacionais.
Maia afirmou que ainda pode haver discussão sobre votar a proposta imediatamente, mas reiterou a intenção de deixar a regra entrar em vigor antes de a Câmara tomar uma decisão.