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Indústria Automotiva

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2017 às 17:26

Consumidor movimenta mercado de reposição

Queda na venda de carros novos manteve estável o segmento de pneus

Queda na venda de carros novos manteve estável o segmento de pneus


CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
A queda na venda de carros novos não foi ruim para toda a indústria automotiva. O setor de reposição conseguiu manter o nível de atividade com o impulso dos carros usados. A venda de pneus permaneceu praticamente estável (queda de 1,6%) porque, sem a compra de carros novos, quem tem um usado precisou trocar o pneu.
A queda na venda de carros novos não foi ruim para toda a indústria automotiva. O setor de reposição conseguiu manter o nível de atividade com o impulso dos carros usados. A venda de pneus permaneceu praticamente estável (queda de 1,6%) porque, sem a compra de carros novos, quem tem um usado precisou trocar o pneu.
Assim, embora as vendas para reposição tenham recuado 1,8%, esse encolhimento foi muito menor do que o sofrido pelas vendas para carros novos, que caíram 9,2%, segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
Peças de reposição, em geral, passaram por movimento semelhante. Na linha leve, o faturamento do segmento cresceu 5,35% no acumulado de janeiro a outubro em comparação ao mesmo período do ano anterior.
"Muitas fabricantes de peças não focavam tanto em reposição, mas com a queda na demanda por produtos originais, elas tiveram que se adaptar", afirma Elias Mofarej, conselheiro do sindicato das indústrias de peças.
A preocupação com a manutenção de um veículo mais velho também aumentou a procura por oficinas. Levantamento feito com 10 mil empresas do estado de São Paulo mostra que a média de reparos diários passou de 76 no acumulado até novembro de 2015 para 84 até o mesmo mês do ano passado.
O tíquete médio, porém, caiu de R$ 542,00 para R$ 521,00, sinal de que o proprietário estava disposto a fazer o necessário - sem ir além disso.
De modo geral, o segmento de carros usados sobreviveu a 2016 com estabilidade das vendas. Associações do setor atribuem o relativo bom desempenho - quando comparado à venda dos novos - às alternativas ao financiamento bancário.
O consórcio para compra de usados cresceu 11,7% no último ano, em desaceleração quando comparado aos últimos anos, segundo dados da Cetip (empresa que registra gravames de veículos). Mas o crescimento dessa alternativa enquanto as concessões de crédito encolhem garantiu que o consórcio conquistasse 11% do mercado de usados.
Em um consórcio, uma pessoa que deseja comprar um bem - um carro ou uma casa, por exemplo - se junta a outras que têm o mesmo objetivo. Todo mês elas pagam o equivalente a uma parcela do bem, e um dos participantes desse condomínio é sorteado com a carta de crédito, que dará direito a compra do objeto desejado.
Nessa estrutura, não há pagamento de juros, apenas taxa de administração para o banco, mas é preciso esperar para adquirir o bem.
Já o financiamento tem a cobrança de juros, e bancos, com medo de calotes durante a crise, têm aumentado a exigência do valor a ser pago como entrada.
"A pessoa consegue adquirir um carro mais completo por preço menor e sem necessidade de pagar uma entrada", diz Alarico Assumpção, presidente da Fenabrave (entidade que representa as concessionárias).
Gilson Carvalho, presidente da Anef (associação das financeiras das montadoras), afirma que a principal dificuldade para conceder crédito é que as pessoas não buscaram empréstimos no último ano.
Ainda assim, o crédito junto a bancos e instituições ligadas à montadoras seguem como principal fonte de financiamento para compra de carros -sejam eles usados ou novos.
Para o planejador financeiro Renato Roizenblit, não houve uma migração de compradores para o consórcio, mas sim um represamento.
"Acredito que as pessoas foram sorteadas e não utilizaram a carta de crédito. Nos últimos meses elas ficaram mais seguras sobre a economia e esse estoque começou a ser utilizado", afirma.
 

Índice de atividade industrial GS1 recua 20,3% em janeiro

A intenção de lançamento de novos produtos pela indústria brasileira em janeiro, medida pelo Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial, apresentou forte queda de 20,3% frente ao mês anterior, no dado livre de efeitos sazonais. O resultado devolve toda a alta registrada em dezembro, quando o índice avançou 17,8% também no dado livre de efeito sazonal. Na comparação com janeiro de 2016, o indicador ainda apresenta recuo de 5,4%.
O Índice GS1 é o primeiro indicador antecedente de atividade disponível para Janeiro de 2017 e traz pistas importantes sobre o desempenho da atividade industrial no início de 2017, após um fim de ano um pouco mais forte do que apontavam as estimativas de mercado. Se confirmada, a reversão de tendência na indústria em janeiro pode minar expectativas de recuperação mais contundente da economia brasileira já a partir do primeiro trimestre.
O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial é calculado mensalmente pela organização em parceria com a 4E Consultoria, e é um indicador antecedente de indústria baseado no fluxo de pedidos de códigos de barras por empresas do setor industrial associadas à GS1.