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Agronegócios

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2017 às 23:02

Cooperativas agropecuárias comemoram crescimento de 11,3% em 2016

Pires apresentou balanço referente a 35 associadas da entidade

Pires apresentou balanço referente a 35 associadas da entidade


JONATHAN HECKLER/JC
As cooperativas agropecuárias gaúchas fecharam 2016 com faturamento acima de R$ 20 milhões, alta de 11,3% sobre o valor alcançado em 2015, segundo balanço  da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS). Conforme o presidente da entidade, Paulo Pires, a originação ou aquisição direta junto a produtores de grãos de trigo e de soja foram os principais responsáveis pelo resultado positivo. As margens foram afetadas pelos altos custos na produção - em função do cenário de crise que atingiu todas as atividades empresariais no País e à retração nas vendas de soja, que represou um volume de exportação aproximado a 2 milhões de toneladas no Estado. Os dados são referentes aos resultados obtidos por 35 cooperativas associadas.
As cooperativas agropecuárias gaúchas fecharam 2016 com faturamento acima de R$ 20 milhões, alta de 11,3% sobre o valor alcançado em 2015, segundo balanço  da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS). Conforme o presidente da entidade, Paulo Pires, a originação ou aquisição direta junto a produtores de grãos de trigo e de soja foram os principais responsáveis pelo resultado positivo. As margens foram afetadas pelos altos custos na produção - em função do cenário de crise que atingiu todas as atividades empresariais no País e à retração nas vendas de soja, que represou um volume de exportação aproximado a 2 milhões de toneladas no Estado. Os dados são referentes aos resultados obtidos por 35 cooperativas associadas.
O faturamento da Central das Cooperativas Agropecuárias (Redeagro), projeto que reúne 17 associadas e desenvolve a área de compras junto às cooperativas para os supermercados, apresentou aumento de 18,9% no faturamento em relação ao ano anterior, chegando a R$ 63 milhões. O projeto entrou em operação em 2013 quando apresentou faturamento de R$ 8 milhões. Depois de apenas um ano de existência, em 2014, a central obteve crescimento de 222,2% no faturamento (R$ 27,8 milhões) e de 90,7% em 2015 (R$ 53 milhões).
A grande oportunidade para o maior crescimento do setor agrícola nos próximos anos, projeta a entidade, deve ser o investimento em industrialização e na diversificação dos cultivos, mais especificamente na retomada do investimento na produção de trigo no Estado. A cultura pode ser decisiva para a sustentabilidade dos produtores, principalmente durante o inverno. A área plantada de trigo vem apresentando queda no Estado, devido aos altos custos de plantio e perda da competitividade frente à produção paranaense. Os produtores sofrem com a instabilidade do preço no mercado interno e a solução, aponta a Fecoagro amparada em dados obtidos em parceria com a Embrapa, é dedicar-se a exportação.
Para isso, a Embrapa vem realizando experimentos junto a quatro cooperativas a fim de estabelecer um sistema de produção competitivo e sustentável, com a lógica de redução de custos operacionais sem prejuízos à produtividade, de trigo próprio para o mercado externo. Os primeiros resultados mostram variação de 8,98% a 18,7%, quando comparados os rendimentos de grãos.

Grupo busca alternativas para investimentos no cooperativismo

Facilitar o acesso das cooperativas a programas de financiamento e de fomento do governo do Estado é o objetivo do Grupo de Fomento ao Setor Cooperativista lançado também na quarta-feira, no Palácio Piratini. Na oportunidade, quatro protocolos de intenções foram assinados, para investimentos no setor.
O grupo é formado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro/RS); a Organização das Cooperativas do RS (Ocergs); e as secretarias do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo; da Agricultura, Pecuária e Irrigação; e do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. O grupo tem ainda o apoio da Secretaria da Fazenda, Banrisul, BRDE e Badesul.
A busca de alternativas e o diálogo com o setor começaram em 2016, com um seminário em que o governo do Estado apresentou as ferramentas de investimento do Rio Grande do Sul. Fruto desse trabalho, durante o evento, foram assinados três protocolos de intenções com cooperativas: a Santa Clara, a Cosuel e a Tritícola Frederico Westphalen. Juntas, a estimativa de investimento é de R$ 226,7 milhões e a geração de aproximadamente 480 empregos diretos.
O outro protocolo de intenção assinado foi com a São José Industrial, unidade do setor de implementos agrícolas, que prevê investimentos de R$ 35 milhões e a geração de 50 empregos diretos, no primeiro ano, e 30, no segundo ano.
"O motor da nossa economia são as nossas cooperativas. Formalizar a criação desse grupo é a expectativa de novos negócios e o mais importante é todos estarem integrados. O cooperativismo tem o papel de ser forte e ensinar os outros a serem colaborativos e solidários", destacou o governador José Ivo Sartori, que ressaltou que os protocolos assinados sinalizam a competitividade e a valorização da atividade cooperativista.
Segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, essa iniciativa faz parte da necessidade de aprofundar e usar melhor os recursos que o Estado oferece. "Seja nossa matéria-prima ou nosso capital humano. Vamos dar uma atenção maior ao que podemos oferecer, estar mais presente, mais pró-ativo e menos burocrático", salientou. O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, lembrou que quem ganha mais com essas oportunidades são "as cooperativas, os municípios e o Estado, porque eles contribuem para o desenvolvimento regional, ajudando a retomar o sistema financeiro do Estado".
O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, disse que o cooperativismo é um setor que vem crescendo a cada ano e necessita desse apoio governamental para continuar se destacando e inovando. Os investimentos previstos pelas cooperativas são resultados de financiamento por meio do BRDE.