Badesul

Passados alguns meses da nomeação dos membros para compor a Comissão de Sindicância, constituída com pompas pelo atual governador, a fim de apurar as responsabilidades pelos desvios operacionais cometidos pela diretoria do Badesul no governo Tarso Genro (PT), até o momento não foi divulgado qualquer resultado das investigações. Gostaria que, em respeito ao povo gaúcho, que é o verdadeiro dono do dinheiro desperdiçado, o próprio governador José Ivo Sartori (PMDB) viesse a público e dissesse, sem rodeios retóricos, sobre as conclusões a que chegaram os qualificados técnicos. Se for o caso, indicar as providências efetivas adotadas visando punir os responsáveis por tais desmando. Do contrário, lamentavelmente, vai ficar comprovado, mais uma vez, aquela velha tese que diz que "lobo não come lobo". (Manoel Luiz Silva dos Santos, Porto Alegre)

Fotos, postagem e assalto

Nunca imaginamos que vai acontecer conosco. Minutos depois de ter caminhado e tirado algumas fotos na Redenção, por volta das 19h30min, sentei em um banco do parque para postá-las. Só tive tempo para isso. Fui assaltado na sequência. Um homem jovem se postou na minha frente e, com muita calma, pediu: "Ô meu, só quero o celular. Não grita senão vou te atravessar", disse, enquanto encostava uma faca pontuda no meu pescoço. Eu sentia ele forçar e vi que não estrava brincando. Sensação muito ruim. Tinha muita gente no entorno, mas mantive a calma e não fiz qualquer sinal. Ele pediu dinheiro. Mostrei os bolsos e exibi as carteiras da Fenaj e da Unimed, além de R$ 5,00. "Eu vou embora, mas se tu gritar enquanto eu estiver por perto eu volto e te enterro", ameaçou. Eu só dizia tá, ok, certo... A frieza foi essencial neste momento. Caminhei uns 10 minutos até em casa. No trajeto, senti medo. Todo mundo que eu vi na minha frente se parecia com o sujeito que me assaltou. Olhava com frequência para trás. (Jorge Correa, jornalista, Porto Alegre)

Ministro

Querem ministros do STF que jamais tenham advogado para A, B ou C, sem qualquer vinculação política e que não sejam casados com advogados(as). Caso contrário, são "altamente suspeitos para ocupar o cargo"... Querem quem, então? (Natália Flores, Porto Alegre)

Medo

No caso da pichação do Mercado Público (uma vergonha para a Capital dos gaúchos, "os mais politizados do Brasil"), tenho uma percepção: os vigilantes não querem mais se envolver, dada a crescente violência. Vai se meter, leva um tiro e ficará por isso mesmo. Tem acontecido o mesmo em edifícios monitorados dia e noite por câmeras e com presença de porteiros. Garagens são arrombadas e, "casualmente, o funcionário não viu as telas, estava distraído, lendo jornal ou falando ao telefone...". É medo mesmo. Não querem se envolver. Dá para condenar a atitude? (Mauro Pires, Porto Alegre)