Governo pretende expandir a produção de biocombustíveis

O governo divulgou na semana passa as principais diretrizes do programa RenovaBio, que tem como objetivo aumentar a produção de biocombustíveis no País. Lançado pelo Ministério de Minas e Energia em dezembro de 2016, o programa foi apresentado a representantes do setor, e vai passar por consulta pública para receber aperfeiçoamentos até 25 de abril.

As ações do RenovaBio vão buscar competitividade na produção, comercialização e no uso de biocombustíveis, com estímulo à concorrência entre os próprios biocombustíveis e em relação aos combustíveis de origem fóssil, com ênfase na segurança do abastecimento, no combate a práticas anticompetitivas e na proteção dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta.

As ações de curto, médio e longo prazo previstas no RenovaBio estão baseadas em quatro eixos estratégicos: equilíbrio econômico e financeiro, regras de comercialização, novos biocombustíveis e papel dos biocombustíveis na matriz energética. "Entendemos que esse é um espaço extremamente importante de reconhecimento da importância dos biocombustíveis tanto na atividade econômica, quanto nos benefícios sociais e ambientais para o País", disse o diretor-superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski.

Segundo ele, uma das demandas do setor é a antecipação do aumento do percentual de biodiesel no diesel, que atualmente, está em 7% (biodiesel B7) e deverá passar para 8% (B8) em março, e para 9% (B9) em março de 2018. A Ubrabio quer antecipar a entrada do B9 no mercado para julho. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o programa RenovaBio também vai ajudar no processo de redução de 43% das emissões de gases de efeito estufa até 2030, conforme metas firmadas durante a Conferência do Clima de Paris.