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Política

- Publicada em 15 de Janeiro de 2017 às 18:58

Aliado de Temer integrou esquema da instituição

O relatório da Operação Cui Bonus? ("a quem beneficia?", em latim), da Polícia Federal (PF), cita o atual vice-presidente de governo da Caixa Econômica Federal (CEF), Roberto Derziê de Sant'Anna, como participante do esquema de concessão de financiamentos do banco que funcionava mediante pagamento de propinas. A operação foi deflagrada na última sexta-feira, com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) como alvo. Derziê é aliado do presidente Michel Temer (PMDB), segundo a PF.
O relatório da Operação Cui Bonus? ("a quem beneficia?", em latim), da Polícia Federal (PF), cita o atual vice-presidente de governo da Caixa Econômica Federal (CEF), Roberto Derziê de Sant'Anna, como participante do esquema de concessão de financiamentos do banco que funcionava mediante pagamento de propinas. A operação foi deflagrada na última sexta-feira, com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) como alvo. Derziê é aliado do presidente Michel Temer (PMDB), segundo a PF.
O executivo aparece na parte do relatório que detalha a operação para a liberação de um crédito de R$ 50 milhões para a empresa Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, vinculada ao grupo Comporte Participações. O Comporte pertence à família Constantino, controladora da Gol Linhas Aéreas.
No dia 3 de agosto de 2012, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) enviou uma mensagem de texto via celular (SMS) para Geddel Vieira Lima, então vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa: "Oeste sul o desirre não atende o Henrique e não resolve".
Segundo a PF, Cunha diz que "desirre" (Roberto Derziê) não havia atendido o telefonema do empresário Henrique Constantino, dono da Oeste Sul. Derziê, na ocasião, era diretor executivo de pessoa jurídica da Caixa.
A mensagem de Cunha foi enviada às 16h15min. Geddel retornou 1h32 depois dizendo que Derziê estava em São Paulo, mas ligaria para o empresário. Pergunta se o problema "é aquela questão das garantias". Cunha responde que sim, e recomenda "resolver como você (Geddel) falou".
Geddel então diz que "ele (Derziê) vai ligar para o Henrique agora. Já estou vendo Marfrig (empresa envolvida em outro processo semelhante de financiamento em que o grupo atuava)".
No final da tarde, às 18h17min, Geddel envia nova mensagem para o telefone de Cunha. "Derziê já falou com HC (Henrique Constantino). Estamos falando 50 mm (R$ 50 milhões) da Comporte, né? Já avançou."
No dia 6 de setembro, Geddel informa Cunha, por mensagem, que o financiamento de R$ 50 milhões foi assinado e que R$ 25 milhões já tinham sido liberados para a empresa. A informação sobre a liberação era a dica para que o grupo cobrasse as vantagens indevidas, segundo a PF.
Os policiais lembram que Derziê foi demitido da Caixa no ano passado como represália da então presidente Dilma Rousseff (PT) a Temer, no processo que levou ao rompimento de ambos, em meio ao impeachment.
Em dezembro, já com Temer na presidência da República, Derziê voltou para a Caixa no cargo de vice-presidente de governo.
 
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