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Política

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 18:30

Violência contra jornalistas cresceu 17,52% em 2016, segundo a Fenaj

A violência contra jornalistas cresceu em 2016, de acordo com o relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgado nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro.
A violência contra jornalistas cresceu em 2016, de acordo com o relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgado nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro.
Segundo o documento, 161 casos de violência foram registrados no ano passado - crescimento de 17,52% em comparação com 2015 (137). Em 2014, a entidade contabilizou 129 casos. "O relatório revela que estamos enfrentando uma escalada da violência muito grave contra a nossa categoria. Apesar de todas as intervenções, esperávamos que a violência sofresse uma queda, o que infelizmente não aconteceu", disse a presidente da Fenaj, Maria José Braga.
Dois jornalistas foram mortos no País no ano passado. Em 17 de agosto, o jornalista Maurício Campos, dono do jornal O Grito, foi morto por um desconhecido em Santa Luzia, Minas Gerais. O outro assassinato ocorreu em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, no dia 24 de julho. João Miranda do Carmo foi assassinado pelo ex-chefe de segurança da administração municipal, Douglas Ferreira de Morais, e o filho dele, Rooney da Silva Morais. Carmo era responsável pelo site SAD Sem Censura.
O relatório aponta, no entanto, que houve queda no número de assassinatos de outros profissionais de comunicação, como radialistas e blogueiros - de nove para cinco mortes. A entidade também informou que quatro jornalistas foram condenados criminalmente pela Justiça - dois em Alagoas, um em Minas Gerais e outro no Paraná. "São penas desmedidas. Acreditamos que tem que existir uma investigação diferenciada. Essas questões precisam ser tratadas no âmbito cível, o que não está acontecendo", afirmou Maria José.
A região Sudeste é a que registra o maior número de casos de violência contra os jornalistas (71 dos casos, ou 44,1%). São Paulo foi o estado mais violento, com 44 casos. O Rio ficou em segundo, com 12 ocorrências, seguido por Minas Gerais, com 10 casos.
Agressões físicas compõem o principal tipo de violência sofrido por jornalistas no ano passado, diz o documento, que contabilizou 58 casos - principalmente durante manifestações de rua. Já os principais responsáveis pela violência contra jornalistas são policiais (25,47%), manifestantes (18,63%) e políticos ou assessores de políticos (15,53%).
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