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Congresso Nacional

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 17:31

Maia busca Bornhausen para ter o apoio do PSD

Para Rodrigo Maia, é importante consolidar os votos da bancada do PSD

Para Rodrigo Maia, é importante consolidar os votos da bancada do PSD


ABR/JC
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), jantou, na quarta-feira, com o ex-senador Jorge Bornhausen (PSD-SC) em busca de apoio para sua reeleição ao comando da Casa em 2 fevereiro deste ano. O encontro aconteceu em Florianópolis (SC), onde o parlamentar fluminense está em campanha.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), jantou, na quarta-feira, com o ex-senador Jorge Bornhausen (PSD-SC) em busca de apoio para sua reeleição ao comando da Casa em 2 fevereiro deste ano. O encontro aconteceu em Florianópolis (SC), onde o parlamentar fluminense está em campanha.
Antes de ajudar a criar o PSD, Bornhausen foi filiado ao DEM. Foi graças à articulação do ex-senador catarinense que Maia foi escolhido como primeiro presidente do partido, em 2007, quando a legenda foi criada. Até então, o hoje Democratas se chamava PFL (Partido da Frente Liberal).
Para o atual presidente da Câmara, o apoio de Bornhausen é importante para consolidar os votos da bancada do PSD. A legenda tem o deputado Rogério Rosso (DF) como candidato, mas integrantes da cúpula da sigla admitem que a candidatura do correligionário dificilmente deslanchará e ele acabará desistindo da disputa.
No PSD, Maia já conta com apoio informal do ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações), presidente licenciado da sigla. Kassab prometeu ao deputado do DEM que, assim que Rosso desistir oficialmente da candidatura, anunciará publicamente apoio à reeleição dele.
Mesmo antes do apoio público, o ministro já vem ajudando o atual presidente da Câmara nos bastidores. Kassab ajudou a marcar, para esta quinta-feira, café da manhã entre Maia e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), em Florianópolis. A bancada federal catarinense também participou do encontro.
De Santa Catarina, o presidente da Câmara deve retornar a Brasília. A previsão é de que só volte a viajar em campanha na próxima segunda-feira quando deve ir para São Paulo. O democrata quer se reunir com Geraldo Alckmin (PSDB) e com deputados do estado.
Em 20 de janeiro, Maia vai a Fortaleza (CE), onde almoçará com a bancada cearense e se encontrará com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT). No mesmo dia, irá a São Luís (MA), onde pretende jantar com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

PR anuncia oficialmente apoio à reeleição do deputado do DEM

Quinto maior partido da Câmara dos Deputados, com 40 parlamentares, o PR anunciou oficialmente, nesta quinta-feira, que apoiará a reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara. A disputa está marcada para o dia 2 de fevereiro.
"O PR está fechado com o Rodrigo Maia", afirmou à reportagem o presidente nacional do partido, o ex-senador Antonio Carlos Rodrigues (SP). Em troca do apoio, a legenda ganhou o direito de indicar na chapa de Maia um deputado para 1ª secretaria, setor responsável por gerir o orçamento da Câmara.
O PR bateu o martelo do apoio a Maia na semana passada, após enviar o líder da legenda na Câmara, deputado Aelton Freitas (MG), ao Palácio do Planalto, para sondar a posição do governo federal em relação à disputa pela presidência da Casa.
Na conversa, Aelton ouviu que o Planalto tem preferência pela candidatura de Maia. A avaliação passada pelo governo, segundo integrantes do PR, é de que o deputado do DEM é comprometido com a agenda do Executivo e "mais confiável" do que os outros candidatos da base aliada.
O PR faz parte do chamado Centrão - grupo de cerca de 200 deputados de partidos da base que se formou em torno do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que tem dois candidatos a presidente da Câmara: os líderes do PTB, Jovair Arantes (GO), e do PSD, Rogério Rosso (DF).
Na primeira eleição de Maia, o partido lançou candidato próprio no primeiro turno, mas, na segunda etapa da votação, preteriu o candidato do Centrão, Rogério Rosso.
Além do PR, outros partidos desse grupo já prometeram apoiar a reeleição de Maia, entre eles, o PP, o PSD e o PRB. O PP prometeu apoiar o deputado do DEM em troca da liderança do governo, hoje ocupada pelo deputado André Moura (PSC-SE).
Apesar de o partido ter candidato, Maia conta com apoio da cúpula do PSD. Presidente licenciado da sigla, o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações) prometeu declarar apoio a Maia, assim que Rosso desistir oficialmente da candidatura.

Rodrigo Maia falou claramente que é candidato, afirma Esperidião Amin

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou "claramente" que é candidato à reeleição, afirmou, nesta quinta-feira, 12, o deputado Esperidião Amin (PP-SC), que participou de café da manhã do parlamentar fluminense com a bancada catarinense e o governador do Estado, Raimundo Colombo (PSD), em Florianópolis.
"Ele falou claramente que é candidato, disse que a questão jurídica já está superada e pediu voto. E houve quem declarasse voto", afirmou Amin. Segundo o deputado, Maia distribuiu pareceres jurídicos que defendem a legalidade da reeleição, entre eles, do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Francisco Rezek e do professor de Direito da USP Heleno Torres.
Os pareceres foram encomendados por Maia para contrapor questionamentos de seus adversários, que entraram com ações no Supremo alegando que a Constituição proíbe reeleição de presidentes do Legislativo no mesmo mandato. O deputado do DEM, por sua vez, argumenta que o veto não se aplica a presidentes de mandato-tampão, como ele.
Em entrevistas à imprensa, Rodrigo Maia vem evitando anunciar oficialmente que é candidato. Sempre que perguntado, fala que ainda está articulando sua candidatura e que só pretende anunciá-la quando ela estiver "madura", ou seja, quando tiver certeza de que tem maioria dos votos para vencer. Para se reeleger, o parlamentar fluminense precisa de votos de 257 deputados.
Segundo Amin, participaram do café da manhã 9 dos 16 deputados integrantes da bancada do Estado. Um deles, segundo o parlamentar do PP, sugeriu que a Câmara realizasse sessões plenárias apenas durante três semanas inteiras do mês e que a quarta semana fosse liberada para que os deputados "trabalhem nas bases". Amin não revelou o nome do autor da sugestão.
Atualmente, a Câmara dos Deputados realiza normalmente sessões de votação no plenário durante todo o mês, sem semana de "folga".
As sessões são realizadas nas terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras. Os deputados chegam à capital federal na terça-feira pela manhã e voltam para seus estados na quinta à tarde ou à noite.

Medeiros diz que será candidato à presidência do Senado

Apostando no sucesso de candidatos "outsiders", o novato, mas barulhento, senador José Medeiros (PSD-MT) aceitou o desafio de um grupo de senadores independentes e irá disputar a presidência do Senado contra o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), que já fechou apoio da quase unanimidade dos partidos da base e oposição.
Medeiros foi um dos mais virulentos adversários do PT e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment, a ponto de quase ter entrado em confronto físico com a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) durante uma discussão mais acirrada na comissão especial.
Ele não fala em números, mas acredita que poderá construir uma "anticandidatura" competitiva, com votos até entre os descontentes do PT, que não querem ficar sem cargos na Mesa na chapa de Eunício, mas não sabem como equilibrar o discurso de apoiar um "golpista" do PMDB.
"Eu sou um golpista de plumagem mais brilhante, mais odiado, já que o Eunício apoiou o fatiamento e se absteve em uma votação do impeachment. Não pedi votos ao PT por uma questão de elegância, mas vou postar no Facebook um pedido de voto para Lindbergh, Gleisi e até para Fátima Bezerra, que um dia catou meu braço e sacudiu durante os embates do impeachment", disse Medeiros.
O senador, em seu primeiro mandato, assumiu no início de 2015 a vaga que era de Pedro Taques, que renunciou ao mandato para tomar posse como governador do Matro Grosso.
O candidato disse que foi procurado por Eunício, que queria convencê-lo a desistir da candidatura, com o argumento de que o Senado poderia dar uma demonstração de unidade e harmonia.
"Ficamos de conversar de novo. Mas eu disse a ele: Eunício, a sociedade está 'p' da vida com políticos, e a inexistência de um candidato alternativo vai passar a ideia de um 'acordão' que irá irritar ainda mais os eleitores. Eu propus que façamos uma eleição que possa engrandecer o Senado, sem baixar o nível", contou Medeiros.
O ponto forte de sua plataforma, segundo o senador mato-grossense, é a mudança de critério na distribuição de relatorias importantes na Casa.
"Hoje, as relatorias importantes são monopólio de um grupo de quatro ou cinco senadores da cúpula. Somos 81 senadores, e vejo que a grande maioria dos de meus pares gostaria de ver esse critério mudado para que também tenham direito de relatar matérias de importância para a sociedade", diz Medeiros.
Ele admite que o presidente do seu partido, Gilberto Kassab, já está fechado com Eunício e pode levar o PSD a fechar questão.
"Mas estamos conversando, e estou tentando mostrar que minha candidatura pode se tornar competitiva. Sou vice-líder do governo, não estou disputando para ficar contra ninguém", diz Medeiros.