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Congresso Nacional

- Publicada em 10 de Janeiro de 2017 às 15:45

No Senado, Eunício tenta costurar 'chapa única'

Líder do PMDB, Eunício Oliveira procura garantir chapa de consenso

Líder do PMDB, Eunício Oliveira procura garantir chapa de consenso


GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO/DIVULGAÇÃO/JC
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), vem costurando nos bastidores acordos com integrantes da base aliada e da oposição para consolidar seu nome na eleição para o comando da Casa, prevista para ocorrer no dia 2 de fevereiro.
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), vem costurando nos bastidores acordos com integrantes da base aliada e da oposição para consolidar seu nome na eleição para o comando da Casa, prevista para ocorrer no dia 2 de fevereiro.
A ação de Eunício é para tentar garantir, com o acerto de uma chapa de consenso para os outros 10 cargos da Mesa Diretora do Senado, o mais amplo espectro de apoios à sua candidatura. A maior dificuldade, no entanto, está no acerto dos cargos dos senadores do PMDB, a maior bancada da Casa, e, em especial, do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A eleição para a Mesa é secreta e vence o candidato que conquistar a maioria dos votos. Estarão em disputa a presidência, duas vice-presidências, quatro secretarias e os quatro suplentes para esses cargos. O regimento do Senado prevê que se deve assegurar a participação proporcional das representações e blocos parlamentares com atuação na Casa.
É com esse respeito à proporcionalidade que Eunício, próximo ao presidente Michel Temer (PMDB), trabalha seu nome. Na última reeleição de Renan, em 2015, o PSDB e o PSB - que apoiaram a candidatura avulsa do ex-senador Luiz Henrique (PMDB-SC) - foram alijados dos cargos da Mesa.
O líder do PMDB tem mantido conversas para fechar uma espécie de "chapa única", contemplando as maiores bancadas na Mesa Diretora. Com a futura filiação de Elmano Ferrer (PI), hoje no PTB, o PMDB amplia a vantagem de ser a maior bancada, com 20 senadores - a Casa tem 81 parlamentares.
Nesse desenho, o PSDB, com 12 senadores, ficará com a primeira-vice-presidência. O mais cotado para assumir o posto é o atual líder tucano, Paulo Bauer (SC). O cargo é importante por ser o substituto imediato do presidente da Casa, conduzindo, por exemplo, as votações de propostas em plenário.
O acerto prevê que o PT, terceira bancada, com 10 senadores, vai optar pela primeira-secretaria, espécie de "prefeitura" do Senado, que gerencia bilhões de reais em recursos e contratos. Os cotados são José Pimentel (CE), Jorge Viana (AC), atual primeiro-vice, e Paulo Rocha (PA).
Há um grupo minoritário no PT, contudo, que não deseja fechar uma chapa encabeçada por Eunício, antigo aliado da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e que, posteriormente, apoiou o processo de impeachment da petista.
Além da presidência, no acordo costurado por Eunício, o PMDB manterá a segunda-vice-presidência, cargo hoje ocupado pelo presidente do partido, Romero Jucá (RR). Mas a bancada ainda não definiu quem será o indicado para o posto e também terá de definir quem substituirá Eunício na liderança do partido. O atual presidente do Senado ainda não comunicou oficialmente a bancada de que deseja ocupar a liderança da legenda ou a CCJ, o que tem adiado o acerto do PMDB nos postos - ao menos três senadores peemedebistas querem o comando da CCJ: Edison Lobão (MA), Eduardo Braga (AM) e Rose de Freitas (ES).

Rogério Rosso investe na interação em redes sociais

Como se estivesse disputando o voto do eleitor comum, e não de deputados, o atual líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), continua investindo nas redes sociais em sua campanha pela presidência da Casa. Após lançar sua candidatura no Facebook, Rosso postou, nesta terça-feira, os primeiros acordes de uma música que pretende compor com as sugestões de frases enviadas por internautas.
Sem o apoio de parte de seu partido e ainda tentando viabilizar politicamente sua candidatura com a promessa de votos individuais de deputados de fora do PSD, Rosso vem buscando aumentar a interação com seus seguidores. Nos bastidores, parlamentares dizem que o deputado tenta mesmo se cacifar para disputar o governo do Distrito Federal em 2018.
Na postagem que traz o vídeo de sua composição, Rosso agradece às "milhares de manifestações de apoio". "Um pouco do 'rascunho' da música que estou compondo/produzindo e que na próxima segunda-feira, dia 16 de janeiro, aproveitando as milhares de manifestações de apoio e sugestões de letras que estamos recebendo, postaremos aqui na página em homenagem ao povo brasileiro. Aguardem!!!", escreveu.
Rosso, que está visitando os parlamentares nos estados pedindo voto, vem mantendo uma agenda de encontros pontuais. Ele mesmo coordena sua campanha e organiza a agenda de viagens. Ontem, havia prometido participar do lançamento da candidatura do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), com quem tem um acordo de apoio mútuo, seja em eventual segundo turno ou em caso de desistência da disputa.
Rosso vem sendo pressionado por caciques do PSD a deixar o pleito em favor da recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Seu sucessor na liderança do partido na Casa, Marcos Montes (MG), não esconde sua preferência por Maia e já organizou, para a próxima semana, um encontro com Rosso e o presidente do partido, o ministro Gilberto Kassab, para definir o futuro de sua candidatura.