Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 31 de Janeiro de 2017 às 15:52

A confusão migratória nos EUA de Donald Trump

Na campanha, Donald Trump, do Partido Republicano, prometeu tudo o que está aplicando, agora, na Casa Branca. A frase-símbolo dizia que ele tornaria os Estados Unidos da América (EUA) grande novamente.
Na campanha, Donald Trump, do Partido Republicano, prometeu tudo o que está aplicando, agora, na Casa Branca. A frase-símbolo dizia que ele tornaria os Estados Unidos da América (EUA) grande novamente.
Em uma semana, assinou 15 decretos. O principal deles, proibindo de entrar nos Estados Unidos certos refugiados e imigrantes. A ordem atingiu pessoas de sete países de maioria muçulmana, ou seja, Iraque, Irã, Síria, Somália, Sudão, Líbia e Iêmen. Elas não poderão entrar nos EUA durante 90 dias desde a assinatura da ordem, em 27 de janeiro.
Também residentes legais nos EUA que tenham nascido em um desses sete países devem se dirigir ao consulado norte-americano para serem submetidos ao veto extremo imposto por Trump. Os funcionários decidirão se podem viajar, analisando cada caso.
Os refugiados sírios tiveram a entrada proibida nos EUA indefinidamente, enquanto os de outros países estão vetados durante 120 dias desde a entrada em vigor da ordem. Acontece que há milhares de estudantes muçulmanos no país, bem como dezenas de militares que são treinados para lutar ao lado dos norte-americanos no Iraque.
A decisão draconiana de Trump, ainda que prometida na campanha eleitoral, gerou uma onda de críticas na União Europeia e nos EUA. Até mesmo a secretária de Justiça do governo Trump criticou as medidas anti-imigratórias e foi demitida sumariamente pelo impulsivo novo presidente.
E uma juíza federal de Nova Iorque cancelou a medida logo depois de sua entrada em vigor, mas o caos e a confusão estão reinando nos aeroportos dentro e fora dos EUA em função das dúvidas de quem pode ou não entrar no país.
Enquanto a Casa Branca minimizava o impacto, vários congressistas democratas se deslocaram até aeroportos onde ainda permanecem detidos vários estrangeiros, apesar de terem permissão para entrar no país. O representante democrata Don Beyer denunciou a "crise constitucional" provocada pela ordem de Trump, já que os agentes de fronteira negaram o acesso dos advogados a seus clientes, detidos apesar da ordem judicial em seu favor. Os legisladores - da oposição - acusam os agentes de desacatar uma sentença legal, o que teria implicações graves.
Porém, em comunicado conjunto, os senadores republicanos, do partido de Trump, Lindsey Graham e John McCain, expressaram seu temor de que o veto "ajude mais a recrutar terroristas do que a melhorar nossa segurança". Procuradores-gerais de 16 estados emitiram declaração em conjunto na qual condenam o decreto presidencial.
Mas nada parece fazer com que a Casa Branca e seu ocupante voltem atrás nas duras medidas decretadas. A ressalva aceita pelo governo Trump é que a proibição não afeta quem possui visto de residência legal nos EUA, conhecido como Green Card, ainda que submetidas a uma maior fiscalização. O decreto surpreendeu muitos que, apesar de viverem há décadas legalmente nos EUA, estavam em seu país de origem e não sabem se poderão entrar novamente.
No exterior, o decreto de Trump levou companhias aéreas a impedir o embarque de passageiros que seriam barrados ao chegar aos EUA, mesmo com documentos aprovados antes que o presidente tomasse posse no cargo. Aqueles que ainda não começaram a viagem não poderão cruzar a fronteira do país, como indicou o Departamento de Segurança Nacional. A proibição de viajar se mantém, e o governo dos EUA conserva seu direito de revogar vistos, em nome da segurança nacional.
E os gaúchos acima de 60 anos terão que viajar, novamente, a São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília ou Recife, pois, em Porto Alegre, não haverá mais a renovação de visto.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO