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Opinião

- Publicada em 20 de Janeiro de 2017 às 18:25

O Brasil conservador: primeiras impressões

Já é possível fazer uma avaliação honesta dos primeiros meses de governo da coalizão conservadora que tomou posse após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Especialmente no que diz respeito à corrente situação política e econômica.
Já é possível fazer uma avaliação honesta dos primeiros meses de governo da coalizão conservadora que tomou posse após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Especialmente no que diz respeito à corrente situação política e econômica.
Politicamente, o governo se encontra em uma encruzilhada e padece ainda de legitimidade, que provavelmente se manterá até que outro governo seja instituído. Tal falta de legitimidade não é fruto apenas do questionável processo que levou à derrocada de sua antecessora. Ela também resulta da falta de habilidade política dos novos mandatários do Executivo em articular uma coalizão estável de governo. A presença de políticos do primeiro escalão da base governista na Lava Jato também agrava a turbulenta conjuntura.
No âmbito econômico, a promessa era de retomada do crescimento, associado ao controle da inflação e redução da taxa de desemprego. Embora estimativas apontem queda na atividade econômica para o ano de 2016, o País deve de fato retomar o crescimento nos próximos dois anos, seguindo a tendência global de lenta recuperação (de acordo com o FMI, Banco Mundial e OCDE). A grande dúvida é: conseguirá a atual gestão realizar uma prometida política fiscal contracionista e reduzir o desemprego ao mesmo tempo?
Estas duas dimensões condicionam a dinâmica social na qual o País se encontra, e é justamente nesse aspecto em que o Brasil conservador, infelizmente, parece lograr seu maior sucesso. Os exemplos são prisões arbitrárias, não observância à proteção dos direitos humanos e pressão política para redução dos programas de seguridade social. A previsão, por hora, é a de um futuro temerário.
Cientista político
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