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Opinião

- Publicada em 17 de Janeiro de 2017 às 18:36

Pedaços que faltavam na nossa história

O livro "Jango e eu - memórias de um exílio sem volta" foi escrito do interior da saga do desterro, por João Vicente Goulart, filho do presidente da República João Goulart, destituído do poder constitucional obtido nas urnas pelo golpe civil e militar de 1 de abril de 1964, pelos golpistas de sempre, ameaçados por reformas estruturais aos seus privilégios e à submissão entreguista aos EUA.
O livro "Jango e eu - memórias de um exílio sem volta" foi escrito do interior da saga do desterro, por João Vicente Goulart, filho do presidente da República João Goulart, destituído do poder constitucional obtido nas urnas pelo golpe civil e militar de 1 de abril de 1964, pelos golpistas de sempre, ameaçados por reformas estruturais aos seus privilégios e à submissão entreguista aos EUA.
O lançamento, na Livraria Cultura, em Porto Alegre, dia 10 de janeiro, contou com a presença da viúva de Jango, Maria Thereza Goulart, e de seus netos João Goulart Neto e Christopher Goulart.
De fato, é incontestável a importância deste testemunho histórico de enorme dimensão e significado para a história recente do Brasil, sobretudo porque foi elaborado por quem vivenciou esta brutal pena de exclusão imposta ao presidente, que só terminou, 12 anos depois, com sua morte longe da terra natal, em 1976 - três anos antes de ser concedida a anistia, em 1979.
Reconstrói a trajetória do País, iluminando um período que estava apagado por nossa desmemória oficial. Ao não sonegar a trajetória invisível até agora, de um presidente brasileiro, o livro resgata todo o padecimento, mas também desvela a crença insuprimível em tempos melhores que acompanhava Jango nos últimos dias de uma vida interrompida pela doença ou por circunstâncias nunca bem esclarecidas. Jamais abatido pela tristeza ou pela desistência. Em uma carta trocada com o filho, poucos meses antes de morrer, ainda escrevia sobre esperanças em "um mundo novo, com novos horizontes, com novas concepções de vida e de seus semelhantes".
Na sinopse da obra, a Editora Civilização Brasileira alerta: "Mais do que um livro de memórias escrito pelo filho, este é um valioso registro sobre as consequências da perda das liberdades individuais e um lembrete para ficarmos sempre atentos aos rumos políticos do país, de maneira a assegurar a manutenção da democracia".
Jornalista e assessor político
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