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Opinião

- Publicada em 16 de Janeiro de 2017 às 18:00

Da escuridão se faz a luz

Na economia e política convencionou-se: época de crises também é época de oportunidades. A mais famosa é a crise de 1929, precedida pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. A superação dessa crise só começou em 1933, no governo Roosevelt, quando da aplicação do plano New Deal (novo ajuste), baseado nas ideias keynesianas de intervenção estatal para reversão de crises macroeconômicas, contrariando a ortodoxia liberal, que permitiu a recuperação da nação norte-americana, lançando-a para a liderança mundial. Na vida, em geral, momentos de crise igualmente podem servir de superação e desenvolvimento. Por isso, devemos encarar a atual crise do Carnaval, criada pelo próprio governo municipal ao anunciar o não repasse de verbas, como um momento de inflexão para que a folia volte a crescer e se desenvolver.
Na economia e política convencionou-se: época de crises também é época de oportunidades. A mais famosa é a crise de 1929, precedida pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. A superação dessa crise só começou em 1933, no governo Roosevelt, quando da aplicação do plano New Deal (novo ajuste), baseado nas ideias keynesianas de intervenção estatal para reversão de crises macroeconômicas, contrariando a ortodoxia liberal, que permitiu a recuperação da nação norte-americana, lançando-a para a liderança mundial. Na vida, em geral, momentos de crise igualmente podem servir de superação e desenvolvimento. Por isso, devemos encarar a atual crise do Carnaval, criada pelo próprio governo municipal ao anunciar o não repasse de verbas, como um momento de inflexão para que a folia volte a crescer e se desenvolver.
Não é a primeira nem será a última. A anterior, no início dos anos 2000, foi decisiva para que a administração de então decidisse por encaminhar a construção do Sambódromo/Complexo Cultural. A escolha do local não foi nada pacífica e fácil. No mínimo, quatro locais foram propostos, antes de se chegar ao Porto Seco, sendo todos rejeitados. A opção pelo Porto Seco, como sabemos, permitiu que se instalassem os "sonhados" barracões para confecção e guarda de alegorias. Em 2004, foi inaugurado com a conclusão dessa etapa de obras, porém sem as sonhadas arquibancadas e outras estruturas que completariam o complexo, as quais até agora não foram realizadas.
No entanto, é inegável que, mesmo incompleto, o Porto Seco permitiu um desenvolvimento do Carnaval. Uma avaliação criteriosa constatará que, ao menos até 2014, o crescimento foi contínuo. Infelizmente, não foi acompanhado por melhorias nos métodos de gestão, nas quadras e sustentabilidade com quadros sociais.
Agora, diante da ameaça de não cumprimento da Lei 6.619/90, que oficializa o Carnaval e determina que o município é responsável por sua infraestrutura, mais uma crise eclode. Diante disso, tal qual uma roleta russa, disparam-se soluções e tentativas de soluções em todas as direções. Entre tantas, ressurgem os defensores do abandono do Porto Seco e o retorno do Carnaval ao "Centro da cidade".
Ora, se não há dinheiro para construir estrutura no Porto Seco, também não existe para construir em outro lugar. Abandoná-lo é um grande equívoco. A hora é de aproveitar a crise e retirar compromissos de sustentabilidade e infraestrutura de todos os agentes envolvidos. E não de retrocessos.
Cientista político e carnavalesco
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