Num passado recente, fomos todos sobressaltados com a dolorosa notícia do acidente do voo 3054 da TAM em Congonhas (São Paulo) proveniente de Porto Alegre. Agora há pouco, novamente fomos sacudidos pelo triste acidente aéreo em Medellín, na Colômbia, que vitimou quase toda a equipe da Chapecoense. Há dias, um turista italiano foi barbaramente assassinado no Rio de Janeiro, após uma visita ao Cristo Redentor.
Infelizmente, estes três infaustos acontecimentos provam um fator comum no turismo, quando a insegurança e a violência são inimigos do projeto turístico de qualquer país e a par da sociedade humana subserviente. A solidariedade humana, cujas regras são iguais em toda parte do mundo: 1) segurança; 2) produto; 3) localização; 4) condições higiosanitárias; 5) preço; 6) vias de comunicação; 7) educação/civismo; 8) inovação, qualidade e serviços; 9) vontade de voltar; 10) vontade de recomendar.
É bom salientar que o que vale para o turista vale para o cidadão comum do país. O fenômeno turístico é apenas uma consequência da qualidade de vida, dos produtos turísticos disponíveis e da educação cívica da população receptora. A vocação turística de um país ou de uma região depende da força como são conservados os patrimônios culturais e o respeito pelos valores morais, incluindo o respeito dos patrimônios culturais e tudo o que tiver a ver com a natureza e pelo ecossistema. É tudo uma questão de mentalidade e do estado de espírito coletivo, a começar pelos nossos governantes. Além disso, nada acontecerá em favor do turismo se não se dispuser no país de uma eficiente lei orgânica que discipline todo o setor turístico, que parece não existir.
Consultor e jornalista