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Estados Unidos

- Publicada em 25 de Janeiro de 2017 às 17:33

Muro na divisa com México será construído 'em meses'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou decreto ontem determinando a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes ilegais, uma de suas principais promessas de campanha. Segundo ele, as obras começarão dentro de "alguns meses".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou decreto ontem determinando a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes ilegais, uma de suas principais promessas de campanha. Segundo ele, as obras começarão dentro de "alguns meses".
Trump afirmou que, inicialmente, o muro será financiado pelo contribuinte dos EUA, mas que, posteriormente, o México pagará pelo projeto, outra de suas promessas de campanha. O governo mexicano já reiterou que não assumirá os custos do muro, que podem chegar a até US$ 20 bilhões, para cobrir os 3,2 mil quilômetros de extensão da fronteira.
Em entrevista à rede ABC, Trump disse que a construção terá início assim que for "fisicamente" possível. "Eu diria que em meses", estimou. "Certamente o planejamento começa imediatamente."
O presidente não explicou como o México pagará pelo muro, negando que ele colocará os países vizinhos em rota de colisão. "Haverá um pagamento, talvez de uma forma complicada. O que estou fazendo é bom para os EUA. Também será bom para o México. Queremos ter um México muito estável e sólido", afirmou.
O presidente assinou outro decreto destinado a aumentar a repressão aos imigrantes legais, tendo como alvo as chamadas "cidades santuário", em que eles são protegidos de deportação. A ordem é aumentar o número de centros de detenção e cortar os recursos federais a essas cidades, a maioria governada pela oposição democrata. "O povo norte-americano não vai mais ser forçado a subsidiar esse descaso com nossas leis", declarou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer. Os dois decretos foram assinados durante uma visita do presidente ao Departamento de Segurança Interna.
Nos próximos dias, Trump deve tomar mais medidas de restrição à imigração que afirma serem necessárias para aumentar a segurança do país. Entre elas, decretos para limitar a entrada de refugiados e bloquear a emissão de vistos a pessoas de vários países de maioria muçulmana, incluindo Síria, Sudão, Somália, Iraque, Irã, Líbia e Iêmen.
 

Presidente promete investigar suposta fraude eleitoral

Incomodado com as denúncias de fraude nas eleições que o levaram à Casa Branca, o presidente Donald Trump afirmou ontem que irá pedir uma investigação sobre supostas fraudes cometidas durante o processo.
"Pedirei uma grande investigação sobre fraude eleitoral, incluindo aqueles registrados para votar em dois estados, aqueles que são ilegais e... mesmo, aqueles registrados para votar que estão mortos (e muitos por um longo tempo). Dependendo dos resultados, vamos fortalecer os procedimentos de votação", disse.
A alegação de fraude já era mencionada pelo republicano durante a campanha eleitoral, quando ameaçou não reconhecer o resultado das urnas caso a democrata Hillary Clinton vencesse. Em um comício em outubro, ele havia prometido aceitar o resultado "desta eleição presidencial grandiosa e histórica. Se eu vencer".
Desde 2010, ganhou força um amplo movimento de restrição ao direito de voto, geralmente puxado por legisladores republicanos. Em 2016, 14 estados tinham medidas em vigor que tornaram a eleição a primeira sem a proteção total da Lei dos Direitos de Voto, de 1965, que proíbe a discriminação racial. As novas leis dificultam o registro eleitoral, encurtam o período de votação antecipada e exigem como condição para o voto documentos de identificação que milhões de cidadãos norte-americanos não possuem.